«A futura aliança entre Vasco de Mello (Brisa) e a concessionária brasileira CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias) não se limita à privatização da ANA e deverá estender-se à venda da Aena.
A aliança entre a CCR e a Brisa, revelada esta semana pelo presidente da concessionária brasileira ao Diário Económico, deverá alargar o seu âmbito da privatização da ANA – Aeroportos de Portugal para uma escala ibérica. As duas empresas poderão, assim, também concorrer à privatização da congénere espanhola Aena – Aeropuertos Españoles y Navegación Aérea.
“A parceria que vamos negociar com a Brisa para a ANA poderá se estender à Aena espanhola”, revela o presidente da CCR, Renato Vale, ao Diário Económico.
Este responsável ressalva, no entanto, que as conversações estão ainda numa fase muito preliminar, sendo de esperar decisões mais consolidadas sobre este ‘dossier’ para Março ou Abril.
A privatização da Aena é uma questão que tem estado a ganhar força nos últimos dias, em Espanha. Ao contrário do anterior governo espanhol, liderado por José Luís Zapatero, que defendia a privatização de apenas dois aeroportos geridos pela empresa estatal – o aeroporto de Barajas, em Madrid, e o aeroporto do El Prat, em Barcelona -, o novo executivo de Mariano Rajoy tem planos diferentes.»
Nuno Miguel Silva , artigo publicado na página de internet “Económico“
(19 Janeiro 2012)
A Brisa Auto-estradas de Portugal
A Brisa Auto-estradas de Portugal foi fundada em 1972. Em cerca de quatro décadas transformou-se numa das maiores operadoras de auto-estradas com portagens no mundo e a maior empresa de infra-estruturas de transporte em Portugal.
Hoje, a Brisa tem uma capitalização bolsista na ordem dos 3 000 milhões de euros e as suas acções são cotadas na Euronext Lisboa, onde integra o seu principal índice, o PSI-20. Faz ainda parte do Euronext 100 – o índice que reúne as maiores empresas de França, Holanda, Bélgica e Portugal – e do FTSE4Good, o índice de referência em responsabilidade social.
A principal área de negócio desenvolvida pela Brisa é a construção e a exploração de auto-estradas com portagem, quer através de investimentos directos em Portugal, quer através das suas participadas nacionais e internacionais.
Os restantes negócios explorados pela empresa complementam a sua área principal e consistem na prestação de serviços associados à segurança ou à comodidade da circulação rodoviária, em auto-estrada e em circuito urbano.
«A Corporación América tem mantido “uma intensa agenda de contactos” nas últimas semanas em Portugal, visando adquirir uma “posição de controlo no capital” da concessionária dos aeroportos ...