«Até ao final do primeiro semestre de 2018 vai começar a ser construído no aeroporto de Lisboa um novo hub logístico para complementar a rede europeia da DHL e em 2020 já estará pronto para operar
, garantiu ao Dinheiro Vivo o diretor geral da DHL Express Portugal, Américo Fernandes. Neste momento falta apenas o projeto ser licenciado pela Câmara Municipal de Lisboa. Um investimento superior a 30 milhões de euros para duplicar a atual capacidade de 20 para 40 toneladas de encomendas recebidas e enviadas por dia, no espaço de três a quatro anos. Somando ainda os números do terminal do Porto (30 toneladas diárias), com este novo hub de maiores dimensões em Lisboa a DHL saltará de um total nacional de 50 para 70 toneladas, com uma capacidade de crescimento a 10 anos, explica Américo Fernandes. Por ano, a empresa movimenta hoje no mercado português cerca de 12.000 toneladas.
“Está tudo internamente aprovado e com outros parceiros também, mas estamos a fazer o projeto para ser licenciado pela câmara. Está nesta fase. Em 2018 tem mesmo de começar a construção. Esperamos que seja o mais cedo possível. Na pior das hipóteses até ao fim do primeiro semestre. Já perdemos muito tempo nisto”, diz Américo Fernandes. Este investimento sucede aos 8 milhões de euros já investidos pela DHL Express Portugal na construção do terminal do Porto, há cinco anos. “O nosso negócio quintuplicou desde que fizemos esse investimento no Porto”, garante o diretor geral, anunciando ainda que o novo projeto de Lisboa implicará a contratação de mais 20 a 30 pessoas, a somar aos 420 trabalhadores da empresa. “O projeto vai criar um novo tipo de empregos, com competência diferentes”, garante. Com três grandes hubs em todo o mundo – Cincinnati (EUA), Leipzig (Alemanha) e Hong Kong (Ásia) -, a DHL investiu 300 milhões de euros para duplicar a capacidade do maior centro de operações a nível europeu. Além de Leipzig, a empresa tem também uma rede de hubs de dimensão média em Bruxelas, Londres, Copenhaga e Vitoria (no País Basco, em Espanha), onde a DHL investiu em 2016 mais de 100 milhões. Lisboa será então o próximo destino a somar a esta rede, com um objetivo muito claro: “Permitir que Lisboa possa ser um centro de distribuição para o Norte de África e para a América Latina. Com este novo hub, Portugal vai ficar ainda mais no mapa e Lisboa vai estar ao mesmo nível de outros hubs europeus”, diz Américo Fernandes, prevendo que em 2018 o negócio continue a crescer na ordem dos dois dígitos, à boleia dos 30% de aumento nas encomendas provenientes do comércio eletrónico.»
Bárbara Silva, artigo publicado na página de internet “Dinheiro Vivo”
«Há dois números que mostram como o mundo mudou, até na carga movimentada pela DHL: o transporte de luvas descartáveis compradas online disparou 670%, enquanto nas malas dos turistas a quebra foi de ...