O Concorde desapareceu há 13 anos devido a custo demasiado altos para ser viável comercialmente. Desde então, o supersónico quase voltou a ser uma coisa de ficção científica.
Há várias empresas a planear voar novamente mais rápido do que a velocidade do som. Entre elas a Boom Technology, que pretende ter construído o protótipo em finais de 2017.
O novo avião quer voar 2.2 vezes mais rápido do que a velocidade do som, 2.6 vezes mais rápido do que as atuais companhias aéreas. O Concorde voava duas vezes mais rápido do que a velocidade do som (Mach 2.0) e os atuais aviões estão no Mach 0.85 e o Boom (Mach 2.2).
Algo como sair de Nova Iorque de manhã, ir fazer negócios em Londres e ainda estar de volta a tempo para aconchegar os filhos na cama.
Quando terminou o seu tempo de vida, uma viagem no Concorde custava 20.000 dólares. A Boom quer mudar isso. Em quatro vezes menos. 5.000 dólares como custo de viagem.
“Estamos a falar do primeiro avião supersónico que as pessoas podem pagar para voar”, afirmou ao jornal The Guardian Blake Scholl, fundador e diretor executivo da Boom. “Isto não é ficção científica”, afirmou, acrescentando que esse valor entre Londres e Nova Iorque era “praticamente o mesmo preço do que viajar em classe executiva”.
Para isso, contam com avanços tecnológicos na áreas da fibra de carbono e dos motores, explica a empresa, que estima que pode tornar o Boom 30 por cento mais eficiente no combustível do que o Concorde. A juntar a isso, uma nova filosofia no que diz respeito ao tamanho do avião: com apenas 40 lugares. O “tamanho certo” para conseguirem encher o avião e para permitir que todos os passageiros posso ter uma visão direta pela janela da “curvatura da Terra”.
O mercado das viagens supersónicas, diz Blake Scholl, deverá atingir os 100 mil milhões de dólares.
A parceria para já está firmada com Richard Branson e a sua Virgin Galactic. “Podemos confirmar que a companhia irá fornecer engenheiros, design, serviços de manufatura, testes de voo e operações” ao projeto da Boom Technology, revela um porta-voz da Virgin ao The Guardian. No acordo está incluída a opção de adquirir os 10 primeiros aparelhos quando estiverem construídos.
Fonte:RTP 16 de abril de 2016