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Portugal – Rastreio a líquidos e “scanners” corporais avançam em 2013

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«O rastreio dos líquidos na bagagem de mão e a utilização de scanners para “ler” o corpo dos passageiros são as próximas medidas de segurança que os aeroportos portugueses irão aplicar, segundo um responsável da área.
A propósito do 10.º aniversário dos atentados de Nova Iorque e Washington, a 11 de Setembro de 2001, o responsável pela Divisão de Facilitação e Segurança da empresa ANA – Aeroportos de Portugal, Edgar Vaz Carvalho, lembrou que aqueles ataques levaram à “alteração de alguns procedimentos de segurança”.
“Algumas alterações são visíveis para os passageiros, mas também existem outras que não são perceptíveis”, afirmou à agência Lusa. Logo após os atentados, os aeroportos portugueses – à semelhança de outros em Estados-membros da União Europeia – aplicaram um conjunto de normas que têm vindo a ser actualizadas. Do ponto de vista do passageiro, essas normas passaram por procedimentos de rastreio da pessoa e dos seus pertences, o nível do porão e da cabine, que “passaram a ser mais rigorosos e apertados”.
Desde 2004 que a ANA é responsável por este rastreio, até então assegurado pela PSP, tendo para tal recorrido à contratação de pessoal de empresas de segurança. Dois anos depois ocorreu a mudança ainda hoje mais visível e que consiste na restrição de líquidos na bagagem de cabine, com uma “enorme repercussão nos passageiros e pessoal”. Edgar Vaz Carvalho reconhece que “tem sido difícil”, pois cinco anos depois os passageiros continuam a trazer um conjunto de artigos que não podem transportar na cabine e outros que são proibidos mesmo no porão.
“Água, gel e cremes são os produtos que estão no ‘top’ dos que ficam apreendidos, para posterior destruição. Isto apesar de todos os aeroportos disponibilizarem informação sobre esta medida e inclusive terem em exposição alguns dos artigos que não podem viajar como bagagem de mão ou são proibidos de todo. Canivetes de multifunções, saca-rolhas ou bisnagas com o formato de pistolas são alguns dos artigos proibidos que muitas vezes são apreendidos antes do embarque, diz Edgar Vaz Carvalho. Em relação aos líquidos, a restrição terminará em 2013, quando entrarem em funcionamento leitores que permitirão apurar se os produtos contêm algum material suspeito.
Provavelmente antes disso entrarão em vigor os ‘security scanners’, equipamentos que permitirão averiguar se o passageiro transporta no corpo algum artigo ou material suspeito. Inicialmente polémicos, foram evoluindo e hoje asseguram a privacidade das pessoas, já que o que surge no ecrã é um boneco, “semelhante ao dos semáforos”, explicou Edgar Vaz Carvalho. O responsável revelou que a ANA tem feito contactos com fabricantes e aeroportos que já estão a fazer testes com esses equipamentos para, quando a regulamentação o permitir e se justificar, a empresa os instalar.»

Lusa, artigo publicado na página de internet “Dn Globo”
(10 Setembro 2011)

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