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Relatório final do GPIAA ao acidente aéreo em Montemor-o-Novo na tarde de 06 de Março

«A queda de uma aeronave em Montemor-o-Novo, que levou à morte dos dois ocupantes, foi provocada por erro humano e por uma falha técnica, segundo o relatório final do acidente do GPIAA, a que a Agência Lusa teve hoje acesso.
“A incapacidade da aeronave para voar, por ter ido para o ar com a velocidade mínima de sustentação e não conseguir acelerar sem perder altitude, foi considerada a causa mais provável do acidente”, explica o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves.
Na origem do acidente, ocorrido na tarde de 06 de março, terão estado duas causas: o facto de o piloto ter descolado com vento forte de cauda, sem que houvesse tabelas ou gráficos para a correção dessa situação e a deterioração da potência desenvolvida pelo motor.
Segundo o relatório, existia uma manga de vento no aeródromo, mas não havia equipamento de medição de direção e intensidade do vento, pelo que o piloto, não se apercebendo da sua verdadeira intensidade, optou por descolar com vento de cauda, evitando ter de rolar ao longo da pista para o outro extremo.
O piloto, José Alberto Sousa Monteiro, de 69 anos, e José Inácio da Costa Martins, capitão de abril com 70 anos e ex-piloto da Força Aérea Portuguesa, foram as duas vítimas mortais provocadas pela queda da aeronave na localidade do Ciborro, concelho de Montemor-o-Novo.
A autópsia feita ao piloto revelou como causa mais provável da sua morte, um enfarte cardíaco. O GPIAA acredita que as circunstâncias eram altamente favoráveis para que tal acontecesse, tendo em conta o historial médico do piloto e o grau de stress induzido pela impossibilidade de manter o avião a voar e a certeza de uma colisão iminente.
Mesmo assim, sustenta o relatório, não é possível afirmar que a incapacitação do piloto [enfarte cardíaco] tenha sido a causa do acidente, antes parece ter sido uma consequência.
O GPIAA esclarece que a pista do aeródromo de Ciborro é privada e não consta do registo de aeródromos nacionais do Manual do Piloto Civil. Depois de se despenhar, a aeronave imobilizou-se, em posição invertida, a cerca de 300 metros do fim da pista.
De acordo com os registos encontrados, a aeronave teria voado muito pouco nos últimos tempos, sem ter sido submetida a ações de manutenção específicas, avança o relatório final do acidente divulgado pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves.»

artigo publicado na página de internet “Iinformação”
(2 Maio 2012)

 

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