«A francesa Vinci, a empresa que ganhou a privatização da ANA e que ontem assinou o contrato de venda com o Estado, quer alinhar a estratégia de crescimento dos aeroportos portugueses, principalmente Lisboa, com os objetivos de crescimento da TAP.
“Estamos totalmente alinhados com a estratégia do Governo português no desenvolvimento da ANA, mas também no reforço das operações da TAP para destinos como a América do Sul, África ou Europa, que são também alguns dos destinos para onde a Vinci se quer expandir”, disse o presidente da Vinci Concessions, Louis-Roche Burgard na cerimónia de assinatura do contrato de venda. “O sucesso da TAP será o sucesso da ANA”, comentou.
Nesse sentido, um dos objetivos da Vinci passa por melhorar a parceria da ANA com a TAP, que será a principal companhia aérea na Portela, aeroporto que terá mais destaque nos nove que a empresa gere em Portugal. “Lisboa será o único hub e o aeroporto principal da nova ANA-Vinci Airports”, referiu Burgard.
No entanto, ressalva o presidente da Vinci Airports, Nicolas Notebaert, a empresa francesa não irá colocar de parte os outros aeroportos. “A Vinci quer contribuir para a coesão territorial do país e por isso pretende integrar a gestão de todas as infraestruturas, nomeadamente das Ilhas”, acrescentou.
A empresa francesa estará, assim, confiante de que o Governo chegará a acordo com a Madeira para ficar com os 20% que o governo regional ainda detém na gestora dos aeroportos.
Ontem, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, garantiu aos jornalistas no final da cerimónia que “esse entendimento foi completamente conseguido e não constitui, de maneira nenhuma, uma dificuldade”. Contudo, a secretária da Cultura, Turismo e Transportes da Madeira, Conceição Estudante, afirmou ontem, citada pela Lusa, que “ainda não há acordo nenhum formalizado”. E explica: “Houve uma reunião em que acordámos uma série de pontos, mas que carecem de formalização”.»
Vítor Rios, artigo publicado na página de internet “Empresas”
(22 Fevereiro 2013)
A partir dia 24 de julho de 2023 o serviço público aeroportuário foi assumido pela Cabo Verde Airports, do grupo Vinci, no âmbito do contrato de concessão celebrado entre o Governo cabo-verdiano e o ...