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«Os aeroportos moçambicanos são, a partir do próximo ano (2012), certificados de acordo com os padrões da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO), o que confere mais garantias de segurança, regularidade e eficiência de todas as operações neles desenvolvidas.
A garantia do arranque da certificação daquelas importantes infra-estruturas foi dada recentemente em Maputo pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, que não adiantou o cronograma dos trabalhos, nem o prazo previsto para o seu fim.
Sabe-se que a intenção da ICAO abrange outros países da região austral de África, tais como Lesotho, Botswana e Suazilândia. Nesse sentido, aquela organização desdobra-se, desde o ano passado, em preparativos com vista à certificação dos aeroportos da região ainda não abrangidos, o que passa necessariamente pela aplicação da Convenção de Chicago sobre a matéria.
Peritos da área aeroportuária têm recebido, nessa esfera, desde há algum tempo, cursos e capacitações sobre as exigências plasmadas na convenção.
Entre as recomendações do documento regulador figura que todos os aeroportos usados pelo público devem reunir condições para a realização de operações dos aviões, bem como fornecer serviços e facilidades de navegação aérea de acordo com os padrões desenvolvidos e instituídos pela ICAO.
A elaboração do regulamento de certificação dos aeroportos, que deve iluminar todos os trabalhos nesse sentido a arrancarem já no próximo ano, pode contar com o financiamento do Banco Mundial (BM). Dados oficiais apontam para a existência de cerca de 300 unidades aeroportuárias civis e militares, entre as que figuram aeroportos internacionais e aeródromos.
O ministro Paulo Zucula disse que a certificação começa numa altura em que o país conta já com um novo terminal internacional de passageiros no Aeroporto de Maputo, onde decorrem obras de reconstrução da área doméstica, o aeródromo de Vilankulo totalmente remodelado e ampliado, para além de pistas melhoradas na Beira, Quelimane e Tete, locais que passaram a ter sistemas de aproximação e sinalização mais modernos e seguros.»

artigo publicado no “Jornal de Angola”
(1 Janeiro 2012)