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Lisboa – A Galp confirmou fuga de combustível no aeroporto de Lisboa

«A Galp confirmou hoje uma fuga de combustível em Maio num posto de abastecimento no aeroporto de Lisboa, mas assegura que a descontaminação dos solos está a ser feita e que não houve contágio dos lençóis de água.
“A fuga foi detetada em Maio durante umas obras da ANA [Aeroportos de Portugal] de manutenção do aeroporto. As terras contaminadas já foram removidas, estando a ser agora tratadas as circundantes, e não temos conhecimento de qualquer contaminação de lençóis freáticos”, disse à Lusa fonte oficial da petrolífera.
A notícia foi avançada esta manhã pela Rádio Renascença, dando conta que aquela fuga de combustível no aeroporto “pode ter afetado” os lençóis de água da zona e que a Galp terá “mantido em segredo” o incidente, violando a legislação que obriga a empresa a comunicar estas ocorrências à entidade licenciadora, neste caso a Câmara Municipal de Lisboa.
“Da avaliação que fizemos não se concluiu ter havido um dano ambiental, não tendo sido preenchidos os requisitos para essa informação”, explica aquela fonte da petrolífera.
A Galp diz que a fuga de combustível foi “pequena” e que “prova disso” é que não foi detetado “nada” numa inspeção de rotina realizada em Abril, nem nos controlos semanais de consumo de combustível, através dos quais são medidas as quantidades de introduzidas nos postos de abastecimento e nos aviões.
“A Galp garante que a situação está controlada e que não há indícios de terem sido contaminados os lençóis freáticos”, afirmou fonte oficial da petrolífera.
A ANA, contactada pela Lusa, confirmou ter detetado a fuga numa obra no aeroporto em Maio, tendo “avisado a Galp e rapidamente o processo foi acionado”, segundo o porta-voz da gestora dos aeroportos nacionais.
“A ANA está a acompanhar a situação e espera que seja rápida” a conclusão de todo o processo de remoção do combustível derramado.
A Renascença adianta que a quantidade de combustível derramado “não pode ter sido pequena: além da grande quantidade de terras que já foram retiradas para tratamento no exterior, no local vai funcionar durante dois anos equipamento da empresa Higídus, de descontaminação diária. Contudo, cinco meses após o acidente, esta segunda fase da operação ainda não terá começado”, refere a rádio.»

Lusa, artigo publicado no jornal “Público”
(4 Novembro 2011)

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