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«O Governo espanhol decidiu adiar a privatização da gestão dos dois principais aeroportos espanhóis durante três meses, devido às más condições de mercado.
A decisão comunicada pelo ministério da Economia em Madrid e citada pela imprensa espanhola seguiu-se ao pedido dos participantes no concurso de privatização, que estavam a ter dificuldades em obter financiamento para os projectos.
Com esta decisão, o prazo terminará a dia 31 de Janeiro de 2012 e o processo de privatização vai recair sobre o próximo Governo, constata o “site” do jornal diário espanhol “El País”.
Espanha tem eleições legislativas marcadas para dia 20 de Novembro e as sondagens dão a vitória ao PP, que classificou a adjudicação em marca como “espoliação” dos bens públicos.
O presidente da Aena Aeropuertos apresentará ao Conselho de Administração a proposta de adiamento da privatização na próxima segunda-feira. No comunicado lê-se que “as restantes condições permanecem, tanto económicas como técnicas, mantêm-se tal como indicado no documento do concurso já apresentado. ”
O Governo espanhol espera realizar um encaixe de 5,8 mil milhões de euros na adjudicação da exploração dos dois aeroportos. Um montante que provém de um encaixe inicial de 3,7 mil milhões pela venda da gestão do aeroporto de Barajas, em Madrid, e de 1,6 mil milhões pela privatização de El-Prat, em Barcelona. O remanescente será recebido durante a concessão que está previsto durar 20 anos. O Governo vai manter o direito a receber 20% da facturação em cada aeroporto, num mínimo de 150 milhões de euros por ano do operador madrileno e de 80 milhões de euros do operador de Barcelona.»

Hugo Paula, artigo publicado na página de internet “Negócios Online“
(13 Outubro 2011)