«Para Siim Kallas, a resposta europeia à erupção do vulcão Grimsvötn “está a funcionar”. Embora ainda dependente da imprevisibilidade da meteorologia, a situação prevê-se estável.
O vulcão islandês deste ano foi diferente do do ano passado, e a resposta das autoridades europeias também. É o resumo da declaração do Comissário Europeu dos Transportes, divulgada ontem. “O vulcão é diferente, a cinza é diferente, o clima é diferente e, mais importante, a resposta europeia é diferente”. Do ano passado para este o que mudou, para além do vulcão, foi que agora existe um novo gabinete de crise para a aviação na União Europeia, e novas diretivas para a gestão deste tipo de situação, tanto para os estados da União como para as companhias aéreas.
No ano passado os voos cancelados em resultado da crise vulcânica foram cerca de cem mil, 42 mil deles nos primeiros três dias da crise. Este ano, entre 23 e 25 de Maio, foram cerca de 900, com especial incidência em aeroportos escoceses e no norte da Alemanha.
Para lá das diferenças no comportamento dos dois vulcões e das suas cinzas, assim como dos ventos, Kallas destaca que “a Europa está agora equipada para responder a uma crise de cinzas com uma resposta gradual, em vez de uma abordagem igual para todos”, referindo-se ao fecho de praticamente todo o espaço aéreo europeu no ano passado, então muito criticado pelas companhias aéreas e suas associações.
O gabinete de crise é co-presidido pela Comissão Europeia e pelo EuroControl, a que se juntam como membros nucleares a Agência Europeia para a Segurança da Aviação, a presidência da União Europeia, e ainda representantes das companhias aéreas, de fornecedores de serviços de navegação, e aeroportos. O gabinete pode ainda ser integrado por reguladores e autoridades aéreas nacionais, como aconteceu agora.»
artigo publicado na página de internet “Rh Turismo”
(27 Maio 2011)