«Rio de Janeiro – O Ministério Público Federal decidiu denunciar criminalmente a ex-directora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Maria Ayres Abreu, pelo acidente da TAM que matou 199 pessoas em Julho de 2007.
A denúncia foi feita também a dois executivos da companhia aérea TAM, que ocupavam os cargos de vice-presidente de operações e director de segurança de voo, na época em que ocorreu o acidente.
Os três foram acusados por crime culposo – quando não há intenção de cometer o delito – por atentado contra a segurança do transporte aéreo.
O acidente que provocou a morte de 199 pessoas, em Julho de 2007, ocorreu quando a aeronave Airbus A320 já estava no solo. O voo da TAM chegava da rota Porto Alegre – São Paulo, e não conseguiu travar quando já estava na pista. O Airbus atravessou uma das principais avenidas de São Paulo e colidiu contra um edifício.
O relatório da perícia feita na época apontou que a aeronave estava com um dos seus reversos (parte que compõe o sistema de travagem) desativado.
O outro agravante, no entanto, foi a situação da pista, que tinha sido remodelada sem as “ranhuras” no asfalto, que ajudam a reduzir a velocidade na hora da aterragem.
A ex-diretora é acusada de ter agido com imprudência ao libertar a pista depois de remodelada sem o “grooving” (ranhuras), que está previsto nos padrões de segurança aeronáutica.
Já os dois directores da TAM são acusados de terem sido negligentes ao permitir que os aviões da companhia pousassem no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, apesar de conhecerem as más condições, em especial em dias de chuva.
O MPF alega que o procedimento correcto deveria ter sido o de redireccionar o pouso das aeronaves da empresa para outro aeroporto.»
artigo publicado na página de internet “Angola Press”
(12 Julho 2011)
«Uma centena de pessoas – 94 passageiros e seis tripulantes – estavam a bordo do aparelho, operado pela Comair (operadora sul-africana da British Airways) e oriundo de Port Elizabeth, no sul ...