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ANA – Aeroportos de Portugal corrida à privatização

ANA Aeroportos

Maiores operadoras aeroportuárias da Europa avaliam compra da ANA

Franceses da ADP
A gestora dos aeroportos de Paris, Charles de Gaulle e Orly, é a segunda maior do sector a nível europeu, em termos de receitas. O volume de negócios da empresa ultrapassou 2,5 mil milhões de euros em 2008, último ano de que existem dados disponíveis no ‘site’ da gestora aeroportuária parisiense. Nesse mesmo exercício, a Aeroports de Paris tinha-se posicionado como a primeira no segmento de carga aérea e de correio, com 2,39 milhões de toneladas processadas. Outro dos activos relevantes da ADP nessa data eram imobiliários, resultantes de 362 hectares de reservas de terras às portas de Paris. A ADP empregava, em 2008, cerca de 12 mil funcionários e proporcionava o funcionamento de 1.100 negócios.

Espanhóis da Aena
A Aena é um grupo estatal espanhol dedicado à gestão aeroportuária e ao fornecimento de serviços de navegação aérea, tal com o a ANA antes da separação da NAV. A Aena Aeropuertos gere actualmente 47 aeroportos e dois heliportos em Espanha. Participa ainda directa e indirectamente na gestão de outros 27 aeroportos no mundo. Reclama ser o primeiro operador aeroportuário do mundo em número de passageiros processados, com mais de 200 milhões por ano. A entrada da Aena na corrida à ANA é um tema delicado, não só pela questão da defesa do ‘hub’ aeroportuário da Portela, como também pela possibilidade de o actual governo de Rajoy poder vir a privatizar também a Aena.

Interesse de Singapura
A Singapore Changi Airport é a operadora do aeroporto de Changi, em Singapura, um dos maiores ‘hubs’ aeroportuários do mundo. Este aeroporto é a base de uma das maiores companhias aéreas globais, a Singapore Airlines. Desde a sua abertura, em 1981, o aeroporto de Changi é considerado um exemplo da excelência do serviço na indústria aeronáutica, tendo já ganho quase 400 prémios. A Changi Airport já estava na corrida à privatização da ANA quando o processo estava associado à construção e exploração do aeroporto internacional de Lisboa, um projecto abandonado por este Governo. Era a consultora técnica do consórcio da Brisa e da Mota-Engil, já extinto, mas agora terá de reformular a sua participação.

Alemães da Fraport
A Fraport controla a operação do aeroporto de Frankfurt, um dos mais movimentados da Europa, e gere outros aeroportos em todo o Mundo. Em 2009, a empresa, cotada na Bolsa de Frankfurt, empregava cerca de 20 mil pessoas, dos quais 17.500 em Frankfurt. Esta empresa está envolvida em operações de ‘handling’. Entre as participações noutros aeroportos, destacam-se o Antalya Airport (Turquia), aeroporto de Hanôver (39%), Indira Gandhi International Airport (Índia), King Abdulaziz International Airport (Arábia Saudita), Burgas Airport (Bulgária), Jorge Chávez International Airport (Peru), Pulkovo Airport (Rússia) e Xi’an Xianyang International Airport (China).

Vinci, um dos accionistas da Lusoponte
A Vinci é um dos maiores grupos mundiais na gestão de infra-estruturas de transportes. Em Portugal já está há muito tempo, sendo um dos principais accionistas da Lusoponte, a par da Mota-Engil. Através da Vinci Concessions, gere a Vinci Aeroports. Este grupo francês gere 12 aeroportos, dos quais nove em França. Tem contratos de operação aeroportuária em Nantes, Rennes, Clermont-Ferrand, Grenoble, Chambéry, Dinard, Quimper, Saint-Nazaire e Ancenis. Fora de França, o grupo Vinci gere ainda três aeroportos internacionais no Cambodja. Neste sector de actividade, a Vinci facturou o ano passado cerca de 150 milhões de euros e processou cerca de 8,5 milhões de passageiros.»

Nuno Miguel Silva , artigo publicado no jornal “Económico”
(26 Abril 2012)

 

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