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Aeroporto Lisboa – Decisão sobre ‘Portela+1’ conhecida daqui a um ano

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«A decisão sobre o aeroporto na região de Lisboa complementar à Portela será conhecida apenas no final de 2012, adiantou hoje o Governo, que admitiu que a base possa ser usada por outras companhias ‘low cost’ além da easyJet.
“Daqui a um ano poderão existir conclusões preliminares para que o Governo possa tomar a decisão”, afirmou o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, no final de uma reunião com o ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco e o secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Paulo Braga Lino, no Ministério da Defesa, em Lisboa.
O encontro serviu para decidir a criação de um grupo de trabalho (a constituir em breve) para estudar a localização da base da companhia de baixo custo easyJet num aeroporto militar na região de Lisboa. Atualmente, estão em cima da mesa as bases de Sintra, Alverca ou Montijo, mas outras localizações poderão também ser avaliadas.
Questionado sobre a demora na tomada da decisão, Sérgio Silva Monteiro afirmou que o importante é que esta não crie uma nova discussão pública sobre o aeroporto de Lisboa.
“Temos de tornar estas decisões técnicas, não políticas. Queremos fazer as coisas depressa mas queremos sobretudo fazer bem, eliminar a discussão de uma vez por todas. O país não pode pedir aos agentes económicos que se movimentem numa situação de incerteza, em que num dia há um novo aeroporto porque temos capacidade orçamental de o fazer e depois concluímos que não há assim como não precisamos do aeroporto”, afirmou o responsável.
Neste contexto, a base da easyJet (que arrancará em abril de 2012) começará a operar ainda no aeroporto da Portela.
No futuro, o Governo espera que outras companhias aéreas possam também operar a partir dessa base.
“A expectativa é que a easyJet use esta como base alternativa e possamos captar novas entidades”, afirmou Sérgio Monteiro.
Questionado sobre se o país tem condições para fazer este investimento em tempos de aperto orçamental, o secretário de Estado garantiu que este aeroporto complementar à Portela é uma “prioridade do desenvolvimento económico”.
“A instalação da base da easyJet, quando estiver a velocidade cruzeiro, vai permitir ter mais dois milhões de visitas adicionais ao país. Um turista que chega é dinheiro que ajudará à recuperação económica”, garantiu.
O grupo de trabalho que vai fazer uma proposta sobre a nova localização da base aérea da easyJet irá “identificar o valor do investimento, o horizonte temporal e apontar caminhos face a alternativas de financiamento”, acrescentou o secretário de Estado.
O secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional disse que a “muito curto prazo será constituído e tornado público” o grupo de trabalho, mas recusou adiantar mais informações sobre quem o vai integrar.
Quanto à co-existência de voos militares e civis na base que será operada pela easyJet, Paulo Braga Lino afirmou que essa solução já existe em Beja e que “poderá ser replicada”.
Sobre se a Força Aérea estaria disponível para deixar de operar militarmente na base que for escolhida, o responsável considerou ser “prematuro” avaliar essa hipótese.»

Lusa/Sic, artigo publicado na página de internet “Sic Noticias”
(8 Novembro 2011)

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