Uma falha, pane ou dano na aeronave, desorientação espacial dos pilotos ou até mesmo uma briga entre passageiros ou ato ilícito (como sequestro ou terrorismo) estão entre as possibilidades mais apontadas pelos especialistas em desastres aéreos, para o desaparecimento do Boeing 777-200ER, no voo MH370 da Malasya Airlines, quando fazia o trajeto Kuala Lampur – Pequim no sábado (8), com 239 pessoas a bordo.
Para eles, houve algo repentino que obrigou os pilotos a tomar atitudes rápidas e inesperadas, levando à perda do controle do avião. O fato de algo inusitado ter ocorrido com o Boeing 777-200ER reforça a tese para que nenhuma mensagem de perigo ou contato tenha sido feito a partir da aeronave, afirma o comandante Jorge Barros, coronel da reserva da Força Aérea que investigou durante anos acidentes aéreos civis e militares.
“Aconteceu algo súbito e incapacitante. Porque esse avião tem vários recursos para emitir sinais de emergência e protocolos e para isso são necessários alguns segundos”, destaca Moacyr Duarte, pesquisador da Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia e especialista em análise em acidentes e controle de emergência.
A Malasya Airlines diz que os seus aviões estão ligados a um sistema que envia remotamente dados sobre a situação da aeronave, mas não recebeu nada.
Tanto a companhia quanto a fabricante receberiam dados, como ocorreu no caso da queda do Airbus da Air France no Oceano Atlântico em 2009, matando 228 pessoas. O envio é feito de forma automática e intermitente pelo avião. Os sistemas poderiam ser desligados ou não operando corretamente.
“Chama muito a atenção o fato deste avião, moderno e com conexão de dados com satélites, não ter enviado informações”, diz o comandante Jorge Barros.
Veja algumas hipóteses levantadas para o desaparecimento do avião:
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O motor direito do Boeing 737-800 da Air China incendiou-se na pista do aeroporto de Fuzhou, na província chinesa de Fujian, quando estava no caminho para a descolagem. ...