“Se há algo que, se calhar tem falhado em todo este processo, foi que algumas vezes invertemos a lógica das coisas”, dando prioridade à política e não à técnica”, afirmou Ricardo Gomes, vice presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI)
A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) lamentou hoje a espera “há 50 anos” por uma ‘metodologia’ sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, argumentando que tal metodologia devia ser primeiro técnica e, só depois, política.
“Deve-se começar, acima de tudo, por privilegiar a capacidade de congregar metodologias de decisão que sejam técnicas, antes de mais. Porque depois de elas serem técnicas, elas devem ser políticas. E, se há algo que, se calhar tem falhado em todo este processo, foi que algumas vezes invertemos a lógica das coisas”, dando prioridade à política e não à técnica, afirmou Ricardo Gomes.
O representante da CPCI, no final de uma intervenção em que alertou para o “ponto baixo de execução” dos projetos mais relevantes do PRR com impacto na construção, defendeu a necessidade de, no que respeita a um novo aeroporto, ou qualquer infraestrutura considerada estratégia, de se chegar a uma decisão sobre uma infraestrutura “desta importância” e com esta necessidade. Ricardo Gomes defendeu como “muito relevante” um aspeto que, disse, tem sido defendido pela confederação há muitos anos: “O de que as infraestruturas consideradas estratégicas para o desenvolvimento de um país não serem matéria de natureza ideológica ou de natureza partidária”.
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Aeroporto: “Projeto deve começar por decisão técnica e só depois política”
“É necessário tomar decisões”, disse o presidente da maior construtora portuguesa, acrescentando acreditar que será desta que será tomada a decisão pela qual se aguarda há mais de 50 anos. “Sou um ...