O empresário tinha fixado como meta equilibrar as contas ainda em 2012, mas o atraso na autorização das Finanças não permitiu que a Urbanos assumisse a gestão a tempo de cumprir esse objectivo. Nesse ano, os prejuízos caíram significativamente, mas atingiram quase meio milhão de euros. Alfredo Casimiro acredita que a melhoria registada em 2013 se deve, em grande parte, à revisão do acordo de empresa, negociada com os sindicatos.
Se a compra da Groundforce se concretizar, será mais um passo na já atribulada história da operadora de handling, que a TAP apresentou em 2003 (ano em que foi separada do negócio da aviação) como um projecto para “maximizar o valor” da companhia de aviação. A empresa de assistência em terra dominava o mercado nacional e chegou a ter lucros de 3,1 milhões, quando o capital era dividido entre a TAP e a Globalia, que se separaram por alegados conflitos de gestão.
A fragmentação da assistência em terra foi entendida, em 2003, como parte de uma estratégia de embelezamento junto dos investidores para avançar com a privatização do grupo liderado por Fernando Pinto. Mas, até agora, a venda está por concretizar e não é ainda certo que avance este ano. O Governo já tem, neste momento, em mãos dados mais concretos para decidir se arranca com a segunda ronda da privatização, depois de a primeira tentativa ter fracassado em 2012 com a rejeição da proposta de Gérman Efromovich, e com que modelo. Depois do sucesso da dispersão em bolsa de 68,5% do capital dos CTT, o mercado de capitais é visto como uma hipótese para a TAP, apesar de haver investidores disponíveis para analisar uma venda directa, como aconteceu no caso da gestora aeroportuária ANA.»
Raquel Almeida Correia, artigo publicado no jornal “Público“
(27 Maio 2014)
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A discussão e aprovação do Plano de Insolvência da Groundforce, que selará a entrada do novo acionista maioritário e a recuperação da empresa de handling, está marcada para 27 de setembro. Será o ...