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EPI – Equipamento de proteção individual, a portuguesa Skypro vai fornecer oito mil pares de sapatos para o Médio Oriente

Fundada em 2004, a portuguesa Skypro, especializada em uniformes e calçado, ganhou três novos contratos no valor de 1,3 milhões de euros para calçar a tripulação de cabine, os pilotos e o pessoal de terra das companhias aéreas Royal Jordanian Airlines, Air Arabia e FlyDubai. A empresa portuguesa produz anualmente mais de 130 mil pares de sapatos e meio milhão de peças de vestuário para mais de 40 clientes. A Skypro vai fornecer oito mil pares de sapatos para estas três companhias aéreas”, conta ao ECO, Jorge Pinto, fundador da Skypro. O gestor da empresa de Ermesinde, que emprega 32 pessoas e fatura 8,7 milhões de euros, detalha que o “contrato com a FlyDubai tem o valor de 700 mil euros, o da Air Arabia 350 mil e o da Royal Jordanian Airlines cerca de 200 mil euros”.
Reclamando ter sido a empresa responsável pelo “primeiro sapato do mundo certificado para a indústria da aviação”, Jorge Pinto assegura que “hoje é um produto de referência para as companhias aéreas”.
Além da sede em Ermesinde, a Skypro tem escritórios em Oeiras, no Dubai e em Atlanta. “A filial do Dubai está extremamente ativa. Estamos a aumentar o número de participações em concursos e o facto de termos um escritório local permite que a empresa trabalhe com as potenciais clientes”, nota o gestor. Desde o final do ano passado que a empresa veste os pilotos da Emirates e fornece anualmente cerca de 80 mil pares de sapatos para a Qatar Airways. O porta-voz adianta ainda ao ECO que a empresa está atualmente “envolvida num concurso com montantes muito significativos” para vestir os profissionais do aeroporto do Dubai e noutro para fornecer o handling da Dnata (grupo Emirates)
A empresa liderada por Jorge Pinto tem como principais clientes a Emirates, a NetJets, a Norse Atlantic Airways ou a Royal Air Maroc, sendo que o vestuário pesa cerca de 60% do volume de negócios. Subcontrata a produção em empresas têxteis e de calçado de Portugal (30% do total), em Marrocos e na Ásia.
Em Portugal trabalha com a TAP (calçado, cintos, luvas e carteiras), com a SATA, com a Hi Fly e ainda com a NetJets em Oeiras. Jorge Pinto refere que a empresa nortenha está neste momento a concorrer ao fornecimento de uniformes para a companhia nacional de bandeira.
No próximo ano planeia abrir escritórios na Alemanha e França. Jorge Pinto explica que “são os mercados que têm empresas com mais de mil trabalhadores”, precisamente a dimensão que procura fornecer.
Além do setor da aviação, a Skypro fornece ainda companhias de cruzeiro, hotéis ou a polícia sueca. É responsável pelo design, engenharia de construção dos tecidos, produção e distribuição dos uniformes para cada trabalhador. “Estamos bastantes focados em não depender apenas do setor da aviação, a cesta onde tínhamos todos os ovos antes da pandemia. Isso criou-nos bastantes dificuldades”, recorda Jorge Pinto.
Consciente da pegada carbónica, Jorge Pinto assegura que, “a partir de 2026, a Skypro só vai vender uniformes aos clientes que os aceitarem devolver para serem reciclados”. Paralelamente a empresa orgulha-se ser a “primeira empresa do mundo [deste segmento] a entregar publicamente um relatório de sustentabilidade“. “Não conhecemos nenhuma PME na área dos uniformes que tenha entregue este relatório”, afirma o empreendedor, natural de Lisboa.

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