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Ground Handling, América do Sul

Brasil – Setor de Assistência em Escala/ground handling sofreu revés com pandemia

O setor de serviços aeroportuários, conhecido como Ground Handling, foi um dos que mais sofreram com a pandemia e o consequente cancelamento em massa de voos. O setor perdeu eficiência e caixa durante os últimos meses de 2020.

As empresas do segmento, cujo orçamento é 80% voltado para o pagamento de mão de obra, enfrenta dificuldades com contratos mais enxutos e o pequeno número de atendimentos realizados ao longo de 2020.
O assunto foi um dos temas do AirConnected DX 2020 realizado no último dia 25, que no painel Serviços de Transporte Aéreo: Desafios e Oportunidades para a Retomada – Ground Handling, apresentou os impactos da pandemia no segmento de serviços em solo, intensivos de mão de obra, e as perspectivas de retomada.
O ground handling vive entre dois mundos: o da essencialidade para o transporte aéreo, exercendo papel fundamental para reconquistar a confiança dos passageiros na retomada, e o da invisibilidade, onde seus problemas acabam não tendo a devida atenção quando se fala de aviação , disse Rodrigo Moser da Anac, numa alusão ao volume de voos cancelados e operações reduzidas ao longo dos últimos meses.
A retomada das operações, que deveria representar um alívio ao setor, se tornou um entrave pela necessidade de tomadas de decisão rápidas, diante da queda de receita e do peso de 80% dos custos com pessoal. Segundo Rubens Pereira Leitão Filho, CEO da WFS-Orbital, o setor perdeu eficiência com a pandemia e hoje necessita de mais profissionais para atender um menor número de voos, além de sofrer com os preços pressionados para baixo. Ainda assim, o volume de carga tem se mostrado positivo. “Estamos vendo positivamente também o fato de as empresas estarem buscando em nós, empresas de serviços em solo, a nossa especialização, e não apenas a pura e simples terceirização dos serviços”, destacou o executivo.
Ainda que os desafios da pandemia tenham sido o tema central do debate, a eficiência e redução do impacto ambiental também são desafios no setor. Para Renato Pinho, da fabricante de equipamentos aeroportuários TLD, sistemas elétricos que já eram uma tendência se mostram perfeitos em um momento de redução das receitas ao oferecem custos operacionais menores. Além disso, em alguns países a pegada ambiental se tornou prioritária, com autoridades impondo pesadas taxas adicionais para evitar emissão de poluentes.

Fonte: Aero Magazine/Abesata

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