Cerca de 95% das operações em solo/assistência em escala são feitas pelas ESATAs, o que evidencia a importância e a magnitude dessas empresas para a confiabilidade do sistema de segurança da aviação civil. Talvez você não repare, mas elas existem. Isso faz parte do bom trabalho. As ESATAs – Empresas de Serviços Auxiliares ao Transporte Aéreo – cuidam das suas viagens antes mesmo de descolarem, sendo responsáveis pela inspeção de raio-x, pelo transporte de passageiros e tripulantes, de bagagens, dentre outros serviços em solo. Avião nenhum descola sem a participação da ESATA, como são chamadas as empresas de ground handling ou serviços em solo. Pensando nisso, não é difícil entender a importância dessas empresas para a segurança do setor de transporte aéreo, principalmente nos maiores aeroportos do país. Melhor ainda é pensar que o segmento brasileiro tem ganhado destaque no cenário internacional, com reconhecimento de uma certificação de modelo autorregulatório conhecida como CRES – Certificação de Regularidade em Serviços Auxiliares ao Transporte Aéreo. O programa chamou a atenção de players internacionais em eventos dedicados ao setor de transporte aéreo, como o último fórum da ALTA – Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo, em Cancún, no México; e o fórum internacional de serviços aeroportuários, o ASA – Airport Services Association – Leadership Forum, realizado em Atenas, no ano passado. Mais do que otimizar os processos de regularização, o CRES propõe uma indicação segura de empresas que se provaram capacitadas a prestar serviços de excelência e qualidade, resgatando maior credibilidade ao setor.
“Em função da complexidade dos aeroportos e do volume de tráfego realizado nesses ativos aeroportuários, essas atividades requerem um grau de profissionalismo e controle extremamente elevado”, destaca o diretor da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), Rogério Benevides. “O fomento à segurança é um papel de todos os atores do sistema da aviação civil, e quanto mais entidades preocupadas com o alcance dos requisitos mínimos, melhor para a sociedade brasileira, nossa cliente principal, a quem devemos direcionar todos os nossos esforços”.
De forma mais ampla, o setor de transporte aéreo e o mercado brasileiro de aviação vão de encontro a uma perspectiva otimista para os próximos anos. De acordo com o diretor da agência reguladora, o Brasil possui potencial para expansão, principalmente a partir de maior competitividade e novos modelos de negócio, o que tornaria o modal mais acessível para a população. “Essa expansão, no entanto, deve ter como premissa o baixo impacto ambiental e possivelmente a implementação de empresas com modelo de custo ainda mais reduzido e sem esquecer da importância da aviação regional neste cenário”, completa Benevides.
Nessa direção, as ESATAs cumprem papéis importantes ao fornecerem às empresas aéreas operações em solo que são seguras e sustentáveis, baseadas em práticas de gestão alinhadas aos pilares ESG (Environmental, Social and Governance) Governança ambiental, social e corporativa. Segundo o diretor, a previsão é de que o mercado global prefira combustíveis SAF, que é produzido a partir de matérias-primas renováveis, de forma a reduzir de 70% a 90% a emissão de gases de efeito estufa quando comparado ao querosene. Dessa forma, o setor espera alcançar, até 2050, uma aviação sem emissão de gás carbônico. No Brasil, as ESATAs são responsáveis por cerca de 90% das operações em solo e empregam mais de 40 mil pessoas.
Fonte Abesata – R7
Durante o fórum da ALTA (Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo), realizado em Cancún, no México, o programa de certificação do Brasil, o CRES (Certificado de Regularidade em ...