O Reino Unido decidiu retirar Portugal Continental dos corredores aéreos, mantendo a Madeira e os Açores. Já a Suécia foi integrada na lista dos corredores aéreos.
Os dados mostram que temos de remover Portugal (menos os Açores e a Madeira), a Hungria, a Polinésia Francesa e a ilha da Reunião da lista dos corredores aéreos para manter todos seguros“, escreveu Grant Shapps, anunciando que a nova lista aplica-se a partir das 4 horas da madrugada deste sábado, 12 de setembro.
Caso haja passageiros desses destinos a chegar ao Reino Unido após essa hora, estes terão de fazer um isolamento profilático de 14 dias.
O político britânico explica que agora o Governo tem a capacidade de avaliar as ilhas em separados do continente. Assim, “se chegar à Inglaterra vindo dos Açores ou da Madeira, não será necessário o isolamento de 14 dias“, clarifica.
Esta é uma reversão face à decisão tomada a 20 de agosto, com efeito prático a 22 de agosto, em que Portugal foi incluído nos corredores aéreos. Na semana passada, em declarações ao ECO, antecipando esta decisão que veio a concretizar-se, o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira, admitiu que esta iria atingir o “coração” do turismo português, principalmente para o Algarve. Recorde-se que, após o anúncio da abertura, as reservas turísticas para o Algarve dispararam e várias transportadoras aéreas reforçaram as ligações entre os dois países.
Na semana passada, já se falava no possível regresso de Portugal à “lista negra”, mas o Reino Unido acabou por manter o país nos corredores aéreos. Contudo, tanto o País de Gales como a Escócia decidiram nessa altura voltar a incluir Portugal na lista de países cujos passageiros têm de fazer quarentena à chegada.
Quando anunciou a entrada de Portugal nos corredores aéreos, Grant Shapps tinha avisado que a situação podia “mudar rapidamente”, tendo recomendado nessa altura aos britânicos para “apenas” viajarem se estivessem confortáveis em cumprir uma quarentena de 14 dias, de forma “inesperada”. “Falo por experiência”, acrescentou na altura, referindo-se à sua viagem a Espanha que o obrigou a cumprir essa mesma quarentena, após a retirada do país — durante as férias — da lista por parte do Governo de que faz parte.
Em agosto, o responsável pela pasta dos Transportes no Governo britânico tinha também dado a conhecer os fatores que levam a mudanças na lista: a prevalência estimada do vírus no país; o nível e a taxa de crescimento dos casos positivos confirmados; o nível de testes do país; “até que ponto é que os casos podem ser atribuídos a um surto contido por oposição a uma transmissão mais geral na comunidade”; as medidas do Governo; e outra informação epidemiológica que seja relevante.
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