«Os parlamentares socialistas contestam a decisão da operadora Portway, Handling de Portugal, SA, que deixa «sem qualquer alternativa as empresas exportadoras e importadoras da região do Algarve, assim como os cidadãos que necessitam de recorrer ao transporte aéreo de mercadorias».
O encerramento do armazém de carga apanhou de surpresa as empresas exportadoras da região que, «apesar das várias tentativas que relatam ter efetuado, nunca conseguiram obter qualquer resposta da administração da Portway ou da ANA –Aeroportos de Portugal SA, designadamente da direção do Aeroporto Internacional de Faro», referem os parlamentares socialistas.
«Esta decisão deixa o Algarve, região do ponto de vista geográfico já de si periférica, ainda mais isolada, com impactos graves na sua economia, já muita debilitada por razão dos efeitos da atual pandemia (SARS-CoV-2), no sector do turismo, das viagens e do lazer», alertam os deputados Luís Graça, Maria Joaquina Matos, Ana Passos, Francisco Pereira Oliveira e Célia Paz, no documento enviado à tutela.
Estes parlamentares recordam que, para além da exportação, o encerramento do armazém de carga deixa também sem resposta «situações como a receção de um medicamento urgente, restos mortais para cerimónia fúnebre, animais vivos, uma mala perdida que tem que ser devolvida à procedência, etc».
Para os deputados socialistas, esta situação é «inaceitável, tanto mais que a Portway, Handling de Portugal, S.A. empresa que explorava o armazém de carga, pertence ao universo empresarial do grupo Vinci Airports que detêm a Ana – Aeroportos de Portugal SA, empresa que explora o Aeroporto Internacional de Faro».
Na pergunta dirigida ao ministro Pedro Nuno Santos, os parlamentares consideram que não é, por isso, aceitável que «não tenha existido dialogo prévio entre as administrações das duas empresas do mesmo grupo empresarial que evitassem os graves prejuízos de deixar toda a região do Algarve sem possibilidade de importar e exportar carga por via aérea».
Nesse sentido, os eleitos do Partido Socialista pelo círculo de Faro questionam se o ministério da Infraestruturas e da Habitação tem «conhecimento que desde o dia 1 de junho o armazém de carga do Aeroporto Internacional de Faro está encerrado, deixando as empresas de importação e exportação, sem alternativa viável».
Os parlamentares querem também saber se «considera o governo, no âmbito do contrato de conceção e no plano de desenvolvimento equilibrado do país, que a região do Algarve e as empresas exportadoras e importadoras de base regional podem ficar privadas do transporte dos seus produtos e mercadorias por via aérea desde Faro».
Por último, pretendem saber «que medidas tenciona o Governo tomar de forma a que a Ana – Aeroportos de Portugal SA garanta no mais curto espaço de tempo a reabertura do Armazém de Carga e o transporte de carga por via aérea desde o Aeroporto Internacional de Faro».»
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