ii) Pressão sobre a Rendibilidade das Operações
Apesar do crescimento do setor em geral, o contexto económico imprimiu grandes pressões ao nível da criação de excedentes que permitissem compensar, por um lado, o agravamento de alguns dos custos de produção e, por outro, o abrandamento do consumo.
O segmento do transporte aéreo foi naturalmente o setor que mais exposto esteve a esta pressão, quer por via dos custos, designadamente da constante subida do preço dos combustíveis, que em termos médios aumentou 41% face a 2010, quer por via da receita, concretamente através do efeito dos preços praticados pela concorrência.
A estratégia das empresas nacionais concentrou-se no aumento do EBITDA e do EBITDAR através da redução dos custos de operação, nem sempre conseguida. As variações homólogas apontam para o decréscimo do VAB nos segmentos do transporte aéreo, do trabalho aéreo, da manutenção de aeronaves e da formação.
Ao nível dos resultados líquidos também apenas os segmentos de atividade aeroportuária, manutenção de aeronaves e formação apresentaram variações homólogas positivas.
iii) Quebra acentuada do Investimento
O decréscimo das iniciativas de investimento, para valores inferiores a 50% dos verificados em 2010, reflete a desconfiança dos principais agentes económicos do setor perante as expectativas de descida da procura. Os setores do transporte aéreo e do trabalho aéreo foram os que mais contribuíram para esta quebra e a aviação executiva foi o segmento em cujo decréscimo foi menos acentuado.
Para esta redução no investimento contribuíram as iniciativas de desaceleração dos investimentos por parte dos Grupos Omni e SATA. Também os segmentos da navegação aérea e da gestão aeroportuária, que nos últimos anos efetuaram importantes e avultados investimentos, reduziram significativamente os montantes investidos em 2011.»
artigo publicado na página de internet “Inac”
(7 Dezembro 2012)
Parte: 1 2
O INAC, I.P. acaba de disponibilizar a nova edição do “Anuário da Aviação Civil” relativa ao ano de 2013. ...