«De acordo com um relatório da IATA, de 3 de Agosto, a guerra comercial vivida entre os EUA e China – e suas repercussões internacionais – ameaça, cada vez mais, a atingir o transporte aéreo de pessoas e mercadorias.
«Após décadas de abertura de fronteiras»…regressa o proteccionismo
Num documento intitulado ‘Restrições Comerciais Pesam no Panorama do Transporte Aéreo’, a IATA afirma que «após décadas de globalização e abertura de fronteiras, a recente evolução da política comercial – em especial até à data entre os EUA e a China – começaram a reverter essa posição.
«Nós lançámos já uma nota de pesquisa reflectindo sobre os impactos de uma escalada nas tarifas sobre o sector de transporte aéreo», comunicou a IATA. «Com as tarifas a impactar directamente o preço dos bens e reduzindo a procura pelo comércio, parece haver uma clara ligação com a procura por serviços de carga aérea».
«No entanto, as tarifas de importação dos EUA implementadas até o momento excluíram bens tipicamente transportados por via aérea», afirmou a IATA, fazendo alusão ao aço e ao alumínio. Tais medidas «terão pouca ou nenhuma impacto na demanda de frete aéreo».
Escalada da guerra comercial terá impactos sérios na carga aérea
Mas a segunda vaga de agravamentos gizada pela administração Trump já não será inócua para o frete aéreo: «As propostas mais recentes são mais relevantes para a indústria, pois estendem-se a itens como semi-condutores e peças de veículos motorizados. Cerca de ¼ das tarifas propostas (de 10%) sobre 200 mil milhões de dólares de importações à China recaem sobre estes dois tipos de produto», alertou.
«A nossa conclusão geral é que, nesta fase, o impacto da actual escaramuça comercial na indústria do transporte aéreo está a ser relativamente moderado. No entanto, uma nova escalada pode resultar num impacto muito mais significativo tanto para a carga quanto para o passageiro», avisou a IATA.»
artigo publicado na revista “Cargo News”
(6 Agosto 2018)
Se os governos dos vários países não injetarem rapidamente dinheiro nas companhias aéreas, metade delas não irão sobreviver à crise. E estamos a falar de um universo de mais de 300 transportadoras, que ...