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Estados Unidos – Airbus A320 da Delta Airlines aterra de emergência

«Uma forte tempestade de granizo rachou vidros, amolgou a fuselagem e avariou instrumentos de um avião nos Estados Unidos, obrigando-o a uma aterragem forçada.
Passageiros e tripulação viveram momentos de desespero a bordo do voo 1889 da Delta Airlines, entre Boston e Salt Lake City, em Utah. O avião – um Airbus A320 – descolou às 22h43 de sexta-feira (3h43 de sábado em Lisboa) de Boston. Subiu normalmente para 32.000 pés de altitude e depois para 34.000 pés (10.363 metros), segundo o perfil do voo recolhido pelo site Flighradar24.
Com pouco mais de três horas de voo, a aeronave começou a atravessar uma zona de mau tempo, com forte presença de granizo. Segundo o relato de alguns passageiros, houve uma violenta turbulência, com gritos de desespero e pessoas a enviarem mensagens aos familiares.
“Estamos em má situação aqui”, disse o piloto ao controlo aéreo, via rádio, segundo registos da comunicação da cabina revelados pela estação norte-americana de televisão ABC. Outro avião também reportara problemas logo antes, basculando de um lado para o outro, instável.
As pedras de granizo castigaram violentamente o aparelho da Delta Airlines, até racharem completamente os dois vidros frontais exteriores da cabina, impedindo a visão dos pilotos. “Os vidros estão severamente afectados”, disse o piloto ao controlo aéreo. “Já não temos também o radar”, acrescentou.

O A320 desceu abruptamente, cerca de 14.000 pés (4300 metros) em quatro minutos. Estabilizou por alguns minutos e depois aterrou de emergência em Denver.

O nariz do avião – onde fica o seu radar – estava completamente amassado, com a tinta removida pelo impacto do granizo.
Apesar do susto, apenas um passageiro ficou ligeiramente ferido.
O caso não é inédito. Em Fevereiro passado, um avião da companhia aérea brasileira TAM também ficou com o nariz “amassado” ao passar por uma chuva de granizo, e teve de retornar ao aeroporto do Galeão, de onde partira rumo a Natal.»

Ricardo Garcia, artigo publicado no jornal “Público
(9 Agosto 2015)

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