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Carga aérea – IATA estabelece três prioridades

«A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) estabeleceu três linhas prioritárias para alavancar o transporte aéreo de mercadorias e aumentar as receitas: a transição para processos sem papel; o foco em padrões globais estandardizados para manuseamento de produtos fármacos; medidas apertadas para garantir continuidade da segurança no transporte de baterias de lítio.

Durante o 9º Simpósio Mundial de Carga, realizado em Xangai, na China, entre 10 e 12 de março, o diretor-geral e CEO da IATA destacou que a movimentação de cargas, por via aérea, cresceu em 2014, com um incremento de 4,5% se comparado com 2013. No entanto, alertou para o facto de que as receitas caíram pelo quarto ano consecutivo. Assim, segundo ele, alavancar esses resultados depende da melhoria do valor da carga.
Conforme a IATA, reduzir o uso de papel e utilizar sistemas informatizados nos procedimentos burocráticos de transporte aéreo de cargas reduz custos, tempo, atrasos na movimentação de carga e agiliza a detecção e solução de erros. Dados da entidade apontam que 24% das empresas que prestam esse tipo de serviço no mundo já aderiram ao e-AWB, modelo para execução de contratos eletrônicos entre embarcador e transportador, possível por meio do intercâmbio de dados pela internet, elaborado pela Iata. A meta, neste ano, é elevar a adesão para 45%. Além disso, a ideia é planear a digitalização de outros documentos de carga aérea.
Quanto à definição de normas de manuseio globais para produtos farmacêuticos, a Associação alerta para a oportunidade de aproveitar um mercado que movimenta 60 mil milhões de dólares/ano. Segundo a IATA, é necessário garantir a integridade dos bens transportados e estar de acordo com a regulação das autoridades globais sobre esse tipo de produto.
Já o transporte contínuo e seguro de baterias de lítio é tido como uma grande preocupação para a indústria. Apesar de existirem regulamentos, já que são produtos considerados perigosos, eles não têm sido cumpridos por todos os carregadores. Como elas são projetadas para fornecer altos níveis de potência, a energia elétrica é expressiva, o que significa que podem, às vezes, gerar uma grande quantidade de calor se estiverem em curto-circuito. Além disso, o conteúdo químico desses equipamentos pode incendiar-se caso seja danificado, projetado ou montado de forma inadequada.»

artigo publicado na revista “Cargo Edições”
(15 Março 2015)

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