Os voos domésticos da companhia aérea Binter Cabo Verde arrancam no sábado (12/11) com a inauguração da rota Santiago – São Vicente – Sal,
anunciou a empresa em conferência de imprensa na cidade da Praia. A empresa começa a voar entre as ilhas cabo-verdianas depois de segunda-feira ter recebido a certificação da Autoridade de Aviação Civil para operar no arquipélago.
Os voos entre as várias ilhas eram assegurados até agora em exclusivo pela empresa Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV).
“Vamos começar no sábado as ligações inter-ilhas com um aparelho com capacidade para 72 pessoas. Vai ser o início do que esperamos seja um sucesso”, disse o diretor-geral da Binter CV, Raul Zapico.
O responsável falava ao final da tarde de hoje na cidade da Praia durante a apresentação aos jornalistas da operação em Cabo Verde da companhia área com sede nas Canárias. As ligações da Binter CV, que promete preços competitivos nas ligações entre as ilhas cabo-verdianas, arrancam dois anos depois de a empresa se ter instalado no país.
Desde 2015, que o arranque dos voos vinha sendo anunciado e posteriormente adiado.
A companhia vai arrancar a operação com um avião, estimando que na próxima semana possa começar a operar um segundo aparelho.
“Na próxima semana contamos ter já dois aviões a voar em Cabo Verde. Os aviões vão fazer duas ligações diárias entre Santiago, São Vicente e Sal”, adiantou Raul Zapico.
A ideia, segundo o diretor-geral da Binter CV, é permitir aos passageiros deslocar-se de uma ilha para a outra e regressar no mesmo dia.
Raul Zapico adiantou ainda que faz parte do projeto da empresa ter ligações entre todas as ilhas cabo-verdianas, devendo para o efeito chegar em janeiro ao arquipélago um terceiro avião para aumentar as ligações entre as três ilhas principais (Santiago, São Vicente e Sal) e fazer também a ligação com as ilhas menores do Maio, São Nicolau e Fogo.
Segundo o responsável da Binter, a ideia é proporcionar mobilidade, regularidade e pontualidade num mercado atualmente com 300 mil passageiros, mas que a companhia estima venha a aumentar para 600 a 700 mil passageiros.
“A concorrência faz as empresas baixar os custos e se os custos baixam, os preços das passagens baixam também e com essa baixa de preços, mais cabo-verdianos vão ter a opção de viajar inter-ilhas”, sublinhou Raul Zapico.
A companhia adianta que terá cinco tarifas e promete que serão “bastante competitivas”, permitindo aos cabo-verdianos viajar mais no arquipélago.
O investimento da Binter na operação em Cabo Verde ascende a três milhões de euros e Raul Zapico prevê receitas de cerca de 20 milhões de euros em 2017.
A operação deverá começar a conseguir equilibrar os custos e os resultados a partir de 2018, segundo o mesmo responsável.
Questionado sobre o longo processo de implantação da companhia em Cabo Verde, Raul Zapico explicou que foi motivada pelas exigências de segurança inerentes a uma empresa de aviação e pela necessidade de adaptação à legislação cabo-verdiana (mais do tipo norte-americana) de uma empresa que trabalha sobretudo com legislação europeia.
Com sede nas Canárias a companhia área Binter está presente em Cabo Verde desde 2012 quando começou a oferecer ligações internacionais com o arquipélago canário.
adaptação do texto publicado na página de internet “Dn Noticias”
(8 Novembro 2016)
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