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Brasil – O E195-E2 da Embraer será o campeão de vendas

«O maior avião de passageiros já construído pela Embraer pode tornar-se no modelo campeão de vendas, emergindo das sombras de aeronaves menores e apresentando assentos extras e asas grandes

que mudaram seu modelo económico, disse um alto executivo à Reuters.
A primeira geração do E195, de 116 lugares, recebeu três vezes menos encomendas do que o E190, de 100 assentos. Mas uma versão maior, com novo motor, que entrará em atividade no começo de 2019 — parte da linha chamada E2 — tem atraído um novo patamar de interesse.
“É justo dizer que o E195 aparece em peso em quase todas as conversas sobre a família E2”, disse o vice-presidente do negócio de aviação comercial da Embraer, John Slattery, em entrevista na noite de segunda-feira durante um encontro anual do setor de transporte aéreo no México. “Há uma real possibilidade para a E2 de que o E195 vá superar as vendas do E190.”
A possível reviravolta salienta como três fileiras adicionais de assentos, além de asas mais largas, forçaram muitas companhias aéreas a reconsiderarem o maior modelo da empresa brasileira, que agora busca concorrer diretamente com a nova CSeries da Bombardier.
Para a Embraer, terceira maior fabricante de aviões do mundo, depois da Airbus e da Boeing, o E195 representa a maior mudança na família E2, a qual tem se concentrado em mercados de aviação regional, em um momento no qual a Bombardier entra em brigas maiores.
Embora a Bombardier venda aeronaves maiores na CSeries, competindo com versões menores fabricadas por Boeing e Airbus, a Embraer tem reafirmado que não há planos para aviões de passageiros maiores do que o novo E195.
Na semana passada, a Embraer ampliou a autonomia do E195-E2 para cerca de 4.200 quilómetros, ante cerca de 4.000 anteriormente, por conta de melhorias na aerodinâmica de um protótipo que começou a voar em março. O CS100 da Bombardier, em comparação, tem uma autonomia máxima de cerca de 5.000 quilómetros.
Slattery disse que o verdadeiro ponto de venda do novo E195 é seu custo operacional, que concorre com o de aeronaves de um corredor das rivais Airbus e Boeing, ao passo que custa 20 por cento menos por viagem. Assentos extras e asas mais finas tornaram a nova aeronave uma “caçadora de lucros”, disse o executivo.»

Brad Haynes e Tim Hepher, artigo publicado na página de internet “Investing
(6 Junho 2017)

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