A Airbus recebeu autorização para que o seu A350 voe mais de seis horas com apenas um dos dois motores, uma certificação importante que permite que o jato de longo curso voe em qualquer rota de passageiros.
A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA), concedeu ao jato da Airbus a certificação de longo alcance em bimotor, conhecida como Etops (Extended Twin Engine Operations), para “além de 180 minutos”, mas permitirá que pilotos voem com os A350 até 370 minutos caso uma turbina seja desativada, disse a Airbus.
As regras de operações de longo alcance em bimotor determinam o tempo máximo de voo pelo qual jatos com apenas um motor em funcionamento podem afastar-se do aeroporto mais próximo durante qualquer ponto da viagem, de modo que possam voltar com segurança caso o outro motor também falhe.
O tempo máximo determina as rotas em que os modernos jatos bimotores podem voar sobre áreas desertas e oceanos, e portanto é vista como crucial para as propostas de vendas das aeronaves.
O tempo máximo de desvio do A350, de seis horas e 10 minutos, confirma uma notícia anterior da Reuters.
O tempo equivale a uma distância máxima de desvio de 2.500 milhas náuticas (4.630 quilómetros), um recorde da indústria, disse a Airbus. O Boeing 787 Dreamliner tem autorização para operar por 330 minutos com uma turbina, mas a diferença entre as duas categorias é vista amplamente como sendo de marketing, já que ambos os jatos têm margem suficiente para operar na maioria das rotas comerciais.
Fabricantes de aeronaves e motores dizem que as paragens de motores durante um voo são extremamente raras e que jatos raramente precisam fazer desvios para distâncias tão longas. No entanto, fabricantes precisam demonstrar que uma aeronave pode voar por longos desvios e as companhias aéreas tem que provar que possuem o treinamento adequado para se preparar para este cenário. O Airbus A350 deve entrar em serviço até o final do ano.
Tim Hepher e Alwyn Scott, adaptação do texto publicado na página de internet “Exame”
(15 Outubro 2014)
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