«O “The Independent” noticia que estão a aumentar os receios de que as maiores companhias de aviação comercial estejam a ser alvo de uma campanha organizada e prolongada de ciberataques, depois de a United Airlines ter sido forçada a suspender centenas de voos em todo o mundo por causa de um “problema nos sistemas” que, para já, continua por identificar.
Um porta-voz da United, a terceira maior companhia aérea do mundo a seguir à Delta e à American Airlines, disse ao jornal britânico ao início da manhã que a empresa “está ciente de um problema com os sistemas que resultou nos atrasos dos voos”. A mesma fonte disse que a companhia já está “a trabalhar para resolver este problema para transportar os clientes até aos seus destinos o mais rápido possível”, pedindo desculpa pelo incómodo causado.
Ao longo da manhã, os passageiros da United que aguardavam partidas para vários países foram informados de atrasos de pelo menos uma hora em cada voo. No Twitter, vários passageiros foram expressando a sua frustração com o sucedido. “O que raio está a acontecer com a United Airlines? Como é que todo um sistema vai abaixo?”, questionou a utilizadora Ashley Stracke.
Em agosto, a Delta Airlines, a maior companhia aérea do mundo, sofreu também ela problemas nos sistemas que levaram a que centenas de voos fossem cancelados e milhares de outros sofressem atrasos de algumas horas. Na altura, a empresa citou um “problema de energia” e desmentiu que os seus sistemas tivessem sido alvo de um ciberataque, mas especialistas em segurança cibernética receberam essa versão oficial com algum cepticismo.
Há um mês, vários passageiros da British Airways também sofreram atrasos nas partidas por causa do que a empresa classificou como “um problema no sistema de check-in”. As companhias aéreas estão altamente dependentes dos sistemas informáticos para quase todas as operações de aviação, desde a impressão dos cartões de embarque ao carregamento de bagagens e outras cargas. Apesar de poderem recorrer às operações manuais, tal pode provocar atrasos e, em última instância, cancelamentos de voos. No artigo desta manhã, o “The Independent” sublinha que nada indica que a segurança na aviação comercial esteja em risco por causa do problema com a United.»
Joana Azevedo Viana, artigo publicado na página de internet “Expreso”
(14 Outubro 2016)
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