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Sequestro de avião por copiloto destaca ‘ameaça interna’ na aviação

Quase dois anos depois, o voo 990 da egípcia EgyptAir, com 217 passageiros a bordo, caiu perto de Nantucket, no Estado americano de Massachusetts, pouco depois de descolar de Nova York em direção ao Cairo. O NTSB concluiu que a causa mais provável foi que um dos pilotos entrou com comandos no sistema de voo que colocaram o avião num mergulho vertical. O NTSB afirmou que a razão para o piloto ter agido daquela maneira “não foi determinada”. As autoridades egípcias discordaram da análise americana.
Em todos os três acidentes, apenas um piloto estava na cabine no momento em que o avião começou a cair.

Embora quedas de aviões comerciais provocadas por pilotos sejam extremamente raras, outros funcionários de companhias aéreas também podem representar uma ameaça para os voos. A verificação de antecedentes e a avaliação de funcionários de terra, particularmente aqueles que não entram em contato direto com os aviões, são frequentemente menos completas que as realizadas para pilotos, dizem especialistas de segurança.

Um relatório de 2011 do Centro de Combate ao Terrorismo, da Academia Militar dos EUA, citou a “ameaça interna” como um perigo ainda presente na aviação. O relatório citou conspirações em Nova York, Jacarta e Reino Unido como exemplos de risco.
No caso britânico, em fevereiro de 2011 um tribunal do Reino Unido julgou Rajib Karim, um ex-engenheiro de software da British Airways, culpado de planear atos terroristas e de usar o seu trabalho para prepará-los. Promotores acusaram Karim, que hoje tem 35 anos, do que chamou de uma “trama assustadora” para explodir um avião de passageiros. Eles disseram que, em mensagens criptografadas, ele se ofereceu para conseguir uma vaga numa tripulação e levar um “pacote” a bordo de um avião com destino aos EUA.
E há um ano, ladrões disfarçados de policiais e portando armas automáticas roubaram mais de US$ 50 milhões em diamantes do compartimento de bagagem de um avião prestes a deixar o aeroporto de Bruxelas. A cronologia e a precisão do roubo indicam que é quase certa a colaboração de pessoas familiarizadas com as operações do aeroporto, dizem pessoas a par das investigações.
Dezenas de pessoas foram presas em maio por ligação com o caso, mas os promotores belgas não divulgaram os detalhes da investigação.
Em setembro, as autoridades francesas do Aeroporto Charles de Gaulle, perto de Paris, disseram que descobriram um carregamento de 1.383 quilos de cocaína, com um valor de cerca de US$ 270 milhões, num vôo de Caracas. As autoridades francesas e venezuelanas prenderam mais de nove pessoas, incluindo três membros da Guarda Nacional da Venezuela, por envolvimento.
(Colaboraram Simegnish Lilly Yekoye em Adis Abeba, Marietta Cauchi em Londres, e Heidi Vogt em Joanesburgo.)

Daniel Michels, adaptação do texto publicado no jornal “Wall Street Journal”
(18 Fevereiro 2014)

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