pista73.com

conteúdos de aviação comercial

Inicio

Europa, Aeroportos

Portugal – Companhias aéreas contestam taxas aplicadas nos aeroportos

Aeroporto de Lisboa

«As taxas aeroportuárias aplicadas em Portugal voltam a ser contestadas pelas principais companhias aéreas, que voltam armas contra a ANA e a sua tabela de preços em contínua mudança.
Várias companhias têm sentido o impacto destes preços nos seus balanços e, desta vez, é a Associação Representativa das Companhias Aéreas (RENA) quem faz o alerta: “têm atuado com o único propósito de maximizar os lucros, sobrecarregando de forma intolerável as companhias”, afirma Paulo Geisler, presidente da RENA.
O responsável, que tem sido bastante crítico relativamente ao modus operandi da gestora aeroportuária nacional, lembra que “desde a assinatura do contrato de concessão e no espaço de um ano, as taxas no aeroporto de Lisboa já foram objeto de três aumentos, o que se traduz, em concreto, num aumento de mais de 10%”. O que diz contrastar com o esforço das companhias aéreas para captar mais passageiros, em tempo de crise.
A RENA lembra ainda que “o passageiro começa a ter consciência do peso que as taxas têm no valor total pago e do que representam”. E as taxas vão voltar a aumentar já em abril deste ano, com a nova tabela a passar de 1,98% de taxa para 2,32%.
Assim que o anúncio foi feito, várias companhias, que ingressam na RENA e não só, reagiram contra os preços praticados.
Da TAP, veio um artigo de opinião no jornal Público, onde o relações públicas da companhia, António Monteiro, garantia que “os custos da operação vão crescer com novo aumento das taxas aeroportuárias”. E assegurava que esta política “é uma ameaça à atratividade de Lisboa”.
Também a Lufthansa, que desde sempre se mostrou contra o aumento das taxas – em 2008 chegou a ameaçar sair de Portugal – tem sido crítica desta situação. Aliás, Paulo Geisler, presidente da RENA, é precisamente da Lufthansa.
Por seu lado, as low-cost easyJet e Ryanair também têm feito alertas para que os valores aplicados descessem. Javier Gandara, diretor-geral da companhia no mercado ibérico tem sublinhado que Portugal é um bom mercado para a companhia, mas com taxas demasiado elevadas. E, garantiu já ter falado com a nova dona da ANA, a Vinci, acerca desta matéria.
O mesmo alerta chegou ainda em janeiro da Ryanair. David O’Brien, diretor comercial, assegurou que “estamos à espera que nos digam o que querem. Se quiserem novos mercados, terão de desenvolver outra estrutura de preços”, garantindo que “há um enorme potencial de crescimento para Lisboa e a estrutura das taxas aeroportuárias é a única barreira para novos mercados”.»

Ana Margarida Pinheiro, artigo publicado na página de internet “Dinheiro Vivo”
(13 Fevereiro 2014)

Artigos relacionados

Mais em Aeroportos, Europa (725º de 1187 artigos)

«A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) não aprovou, a título provisório, a entrada em vigor das taxas aeroportuárias definidas pela ANA — Aeroportos de Portugal para este ano, ...