«A Secretaria de Aviação Civil (SAC) publicou nesta sexta (15/8), no Diário Oficial da União, o novo Plano Geral de Outorgas (PGO), que define regras para a administração de aeroportos. Com a mudança, os municípios que quiserem administrar aeroportos regionais considerados estratégicos pela SAC terão que demonstrar capacidade técnica e financeira. Somente municípios com Produto Interno Bruto (PIB) anual acima de R$ 1 bilhão poderão pleitear a gestão desses aeroportos. Um grupo de municípios vizinhos, organizados em consórcio, cuja soma do PIB seja superior a esse valor, também poderá administrar um aeroporto.
“Essa mudança é fundamental. A experiência tem demonstrado que muitos aeroportos regionais estão sendo administrados por municípios pequenos que enfrentam grandes dificuldades para gerir a infraestrutura de um aeroporto, com toda sua complexidade técnica e administrativa”, explicou o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco.
A prioridade para gestão dos aeroportos regionais estratégicos continua sendo dos Estados. Mas, para isso, eles também terão de demonstrar capacidade técnica, administrativa, orçamentária e de planejamento. O objetivo é que esses aeroportos sejam administrados, prioritariamente, por quem tem maior capacidade de gestão. “Queremos garantir a prestação de serviços adequados ao porte e à relevância de cada infraestrutura”, afirmou Ronei Saggioro, diretor do Departamento de Outorgas da SAC.
Para definir se um aeroporto é estratégico a SAC analisa vários critérios, como localização geográfica, características socioeconómicas, acessibilidade e potencial turístico, entre outros.
Concessão – Os Estados e municípios poderão conceder à iniciativa privada a gestão desses aeródromos. Mas, para isso, terão de seguir critérios definidos no novo PGO. Entre outras coisas, terão que comprovar, por exemplo, que têm condições técnicas de acompanhar e fiscalizar o contrato de concessão, garantindo a prestação de um serviço de qualidade à sociedade.
Caso os Estados e municípios não tiverem condições ou interesse, a gestão caberá à União.
O novo PGO é mais uma ação do programa de aviação regional do Governo Federal, que prevê a expansão da infraestrutura aeroportuária e popularização do transporte aéreo brasileiro. O programa está baseado em três pilares: investimento, gestão e incentivo.
A SAC já definiu os 270 aeroportos prioritários que serão modernizados. Agora, explica o secretário de política regulatória, Rogério Coimbra, o Plano Geral de Outorgas está definindo a melhor forma de gestão desses aeroportos para que os investimentos da União, via Fundo Nacional da Avição Civil, não sejam perdidos. “Uma vez garantida infraestrutura adequada e gestão eficaz, os subsídios, definidos na MP 652 encaminhada ao Congresso, vão viabilizar essas novas rotas”, complementa.
Dessa forma, a SAC dará ao transporte aéreo a capilaridade necessária num país do tamanho do Brasil, fazendo com que 96% da população esteja a menos de 100 km de um aeroporto apto a receber voos regulares. “Queremos aumentar o acesso da população brasileira ao transporte aéreo e dinamizar ainda mais a economia do interior do país”, afirma Moreira Franco.»
artigo publicado na página de internet “Sac Secretaria Aviação Civil”
(15 Agosto 2014)
«Pelo menos 120 mil empregos diretos, indiretos ou induzidos devem surgir com a implantação do programa de Desenvolvimento da Aviação Regional no País. É o que estima a Secretaria de Aviação Civil ...