Nada mais confortante do que chegar de uma longa viagem e, ao desembarcar no aeroporto, ver a sua mala ali, no tapete, a caminho dos seus braços pronta para ir para casa. Pena que nem sempre é assim… O cenário melhorou, mas ainda tem muita mala perdida por aí.
Nos últimos sete anos, as perdas de bagagens caíram 61% em todo o mundo. Em 2014, a cada mil passageiros, 7,3 malas foram extraviadas. O atraso na entrega das malas representa mais de 80% das bagagens extraviadas. A boa notícia é que diversas empresas já têm soluções interessantes para ajudar a encontrar a sua mala perdida ou pelo menos dar a certeza de que ela embarcou e chegou junto com você – bem-vindo à era das malas inteligentes.
Um dos projetos mais ambiciosos e tecnológicos é o da Bluesmart, uma mala 100% conectada e rastreável. Em um portal de financiamento coletivo, a ideia arrecadou mais de dois milhões de dólares e vendeu mais de sete mil unidades mesmo antes de ser lançada oficialmente. Com um aplicativo no smartphone é possível controlar diversas funções na mala: o cadeado eletrônico, a alça que serve de balança manual, o nível da bateria interna, alertas de distância via Bluetooth e o melhor: GPS para localizar sua bagagem onde quer que ela esteja.
O legal é que já existem outras opções bem similares no mercado – quer dizer, pelo menos nos Estados Unidos. Este outro modelo, a Trunkster, também tem GPS integrado, saída USB para carregar seus dispositivos e uma balança embutida em uma das alças… Já a Pluggage traz um auto falante para você curtir um som enquanto carrega a mala, luz interna, toda informação sobre o seu voo e travamento por impressão digital.
Em uma parceria com uma fabricante alemã de malas e uma operadora de telefonia móvel, a própria AirBus – fabricante de aviões – desenvolveu uma linha de malas inteligentes. O diferencial, além do que já vimos nos modelos citados há pouco, é o serviço agregado. Com o sistema Bag2Go, o passageiro sabe tudo o que acontece com a sua bagagem como, por exemplo, se ela já está no bagageiro do avião ou se foi aberta para inspeção. Mas, o serviço vai além e até se encarrega de entregar a mala para você. Isso mesmo, você chega, vai para onde tiver que ir e a empresa leva toda sua bagagem logo depois. Cómodo, não?
Agora para quem ainda não quiser investir em malas inteligentes – já que o preço médio de 400 a 500 dólares, algo perto de 1500 reais ainda é salgado – há outros dispositivos para localizar sua mala nos aeroportos caso ela seja extraviada. Os sistemas LugLoc (que já trabalha em parceria com a Samsonite) e o Trakdot (este disponível no Brasil) utilizam Bluetooth e a tecnologia celular GSM para encontrar bagagens.
Para cumprir as regras sobre dispositivos electrónicos em aviões, os sistemas de rastreamento geralmente são projetados para desligar e ligar automaticamente.
Além da localização aproximada por antenas celulares, através do Bluetooth,esses dispositivos são capazes de soar um alerta quando sua bagagem se distanciar ou se aproximar de você.
Este é só o início da era “smart” nas malas de viagem. A previsão é que o número de malas extraviadas e perdidas caia ainda mais nos próximos anos. Para 2017 a expectativa é de que 69% das companhias aéreas ofereçam atualizações em tempo real sobre a localização de bagagens dos seus passageiros através de aplicativos para smartphones. Será o fim do drama da mala desaparecida para muita gente.
adaptação do texto publicado na página de internet “Olhar Digital”
(30 Abril 2015)
«O Aeroporto Internacional Tom Jobim – RIOgaleão – no Rio de Janeiro (RJ), inaugurou um sistema de autoatendimento para despacho de bagagens em voos domésticos da Gol Linhas Aéreas. ...