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Aeroporto de Lisboa – Grounforce, empresa de assistência em escala, aponta falha de investimentos

A empresa de assistência em escala, Groundforce, aponta dificuldades operacionais no Aeroporto de Lisboa que tornam mais lento o tempo de embarque ou a preparação das aeronaves para um novo voo.

O presidente executivo da Groundforce, Guilhermino Rodrigues, afirmou que o Aeroporto de Lisboa precisa de “investimentos essenciais” para melhorar as condições de atividade do handling (assistência em escala), realçando que o crescimento do tráfego tem causado “muita pressão”.
“O crescimento do tráfego tem feito com que haja necessidade dos aeroportos fazerem cada vez mais investimento, que tem sido muito dirigido para o aumento da capacidade do aeroporto, descurando aspetos operacionais. Isto tem impacto nas empresas de handling e na qualidade do serviço prestado”, afirmou o presidente executivo da Groundforce, à margem da assinatura do Contrato Coletivo de Trabalho para o setor.
Em declarações à Lusa, Guilhermino Rodrigues explicou que as companhias aéreas querem um turnaround (rotação da aeronave) cada vez mais reduzido, o que coloca “pressões adicionais”, uma vez que o trabalho realizado pelas empresas do handling continua a ser o mesmo.
“Há uns anos o tempo de rotação normal era de hora e meia e hoje em muitos casos é menos de meia hora. Ora o trabalho para fazer no avião é o mesmo. Tem que ser feito em menos tempo e coloca muita pressão sobre os trabalhadores”, afirmou o presidente da Groundforce.
As dificuldades operacionais no Aeroporto de Lisboa também resultam da falta de portas de embarque o que faz com que “às vezes haja 15 minutos para embarcar 180 passageiros”.
“São necessárias portas para embarque se não os operadores de handling são confrontados com os problemas antes do passageiro embarcar. Ou devia criar-se uma sala de pré-embarque onde os operadores de handling podiam verificar todos os documentos para o embarque”, acrescentou.
As empresas de handling são responsáveis pelo tratamento da bagagem, mas também do embarque dos passageiros.

José Goulao, adaptação do texto publicado na página de internet “Observador
(6 Dezembro 2016)

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