«A Aero Vip, empresa que durante os últimos anos deteve a concessão da linha aérea entre Bragança, Vila Real e Lisboa, acusou ontem o Governo de não cumprir aquilo que tinha acordado no início deste ano. Em causa está um pagamento de 800 mil euros, referente aos três meses em que a operadora assegurou o serviço aéreo enquanto o contrato, que terminou em Janeiro, não foi prorrogado por um ajuste directo que deixou ontem de ter efeitos.
Carlos Amaro, assessor da administração da empresa, explicou aos jornalistas, no final do último voo deste contrato, ontem, em Bragança, que agora a questão vai ser discutida nos tribunais. “O Estado não honrou o compromisso de maneira nenhuma. Para além do direito à indignação que nos assiste, vamos recorrer aos tribunais”, garantiu.
O contrato de exploração da linha terminou em Janeiro, mas o Estado prolongou-o por ajuste directo, “por não ter tempo de preparar um novo concurso”. Algo que ainda não foi feito. O ajuste directo terminou ontem, pelo que a carreira aérea vai ser interrompida.
Anteontem, o presidente da Câmara de Bragança revelou ter tido a garantia do Governo de que a ligação aérea a Lisboa seria retomada em meados de Fevereiro, depois de ser lançado novo concurso internacional, com uma alteração ao modelo de financiamento, que passará a subvencionar o bilhete do passageiro residente. Um modelo que deixa muitas dúvidas a esta empresa, a única em Portugal habilitada a providenciar o serviço.
A última viagem decorreu ontem e com passageiros ilustres.
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«O Governo dos Açores deu luz verde para a concretização de um concurso público internacional com vista à concessão do serviço público de transporte aéreo interilhas, por um período de cinco ...