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Salvador Caetano e a Airbus Military assinam acordo para a construção de duas fábricas

Uma secção de engenharia em Vila Nova de Gaia e uma linha de produção em Ovar

«Assinatura do projecto da Salvador Caetano e da Airbus Military abre a porta a projectos com a Ogma e pequenas e médias empresas (PME) nacionais e poderá criar mais de mil postos de trabalho
O Governo assinou os termos da renegociação do contrato de contrapartidas a EADS (Airbus Military), criando a possibilidade de associar a Salvador Caetano e a empresa europeia ao projecto. Este está avaliado em cerca de 75 milhões de euros e vai criar, segundo Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia e Emprego, “mais de 800 postos de trabalho – 200 directos e 600 na cadeia de fornecimento”.
Desta forma, a aliança entre estas duas empresas vai permitir o fabrico e montagem de componentes aeronáuticos, de elevada capacidade tecnológica e de valor acrescentado. Para a concretização deste projecto, uma fábrica deverá ser construída tendo – segundo o ministério da Economia, uma secção de engenharia em Vila Nova de Gaia e uma linha de produção em Ovar – como finalidade o fabrico de ferramentas industriais e componentes aeronáuticos, como é o caso de estruturas metálicas e peças em materiais compósitos.
O governante aproveitou a assinatura do documento para dar conta que, a este projecto da Salvador Caetano e da Airbus Military, “se juntarmos outros projectos com a Ogma e PME, estamos a falar em valores superiores a cem milhões de euros e mais de mil postos de trabalho” criados.
Esta renegociação revela também uma “aposta muito grande na sinergia” entre o ministério da Economia e o ministério da Defesa Nacional, bem como é um projecto que se “enquadra perfeitamente no nosso desígnio nacional que é reindustrializar o País, apostar no sector produtivo e na exportação”.
Álvaro Santos Pereira classificou ainda estes projectos como “muito importantes” para Portugal uma vez que “se está a falar de um ‘cluster’ de aeronáutica que está” a ser reforçado “em Portugal nos últimos anos”.
Por outro lado, “no âmbito das contrapartidas, achamos que é importante que haja projectos âncora”. Neste sentido, o governo pretende associar “este tipo de projectos a projectos industriais de grande capacidade”, dado que “temos empresas portuguesas com reconhecido valor a participarem e a reforçarem as suas componentes”. Como é o caso do “projecto Caetano” que está “a produzir compósitos para aviões”.
O ministro da Economia revelou também que este investimento de 75 milhões de euros vai ser “repartido”. “A Salvador Caetano vai investir e a Airbus também”, afirmou, clarificando ainda que a “Airbus investe não só no projecto directamente, como também investe na capacitação e na formação do projecto Caetano”.»

Ana Laranjeiro, artigo publicado na página de internet “Negócios Online
(1 Agosto 2012)

 

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