«As obras de construção do Aeroporto do Cuito Cuanavale, na província do Kuando Kubango, estão orçadas em cerca de sessenta milhões de dólares norte-americanos, no âmbito do programa global do Executivo angolano de interligação do sistema de transportes aéreos do país.
A informação foi avançada hoje, sexta-feira, pelo ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, momentos antes de proceder à inauguração da infra-estrutura aeroportuária, denominada 23 de Março.
Segundo o governante, a infra-estrutura evoluiu de um aeródromo utilizado no passado em operações militares para um aeroporto moderno construído na sua plenitude e nele operar-se voos comerciais, proporcionando aos passageiro conforto, comodidade e segurança, quer de dia, quer no período nocturno.
“Tenho muito orgulho em entregar hoje esse aeroporto, com uma pista de 2740 metros de comprimento e 30 de largura, com capacidade para receber como podemos presenciar hoje Boeing 737-700”, disse.
Na mesma senda, Augusto Tomás explicou que o aeroporto tem uma área de passageiros (aerogare) com uma extensão de 1222 metros quadrados, está preparado para receber 100 passageiros na hora de pique, 50 no embarque e igual número no desembarque.
O 23 de Março possui ainda três balcões de check in e quatro para o Serviço de Migração e Estrangeiros, assim como foram instalados equipamentos para carga e descarga de bagagem (tapete rolante), sistemas de vídeo-vigilância e de comunicações com os passageiros, avançou.
Acoplada ao terminal, foi construída a torre de controlo, com 23 metros de altura, bem como uma instalação para os serviços de bombeiros e equipamentos para se garantir o fornecimento de água e energia eléctrica, segundo constatou a Angop.
Entretanto, advogou que não obstante a melhoria registada na mobilidade de pessoas e bens nos últimos anos, as obrigações do Estado impõem que as infra-estruturas dos transportes, portos, aeroportos e caminhos-de-ferro cubram todo o território nacional.
Concluiu que os investimentos nos aeroportos nacionais não devem ser analisados dissociados do programa de desenvolvimento do país, mas com uma visão global com as demais infra-estruturas ferroviárias, rodoviárias, marítimas e fluviais, bem como as infra-estruturas de água, energia e telecomunicações. “Tudo se junta com o objectivo de criar um contexto que favoreça a produção interna e o desenvolvimento do país”, disse.»
artigo publicado na página de internet “Angola Press”
(29 Junho 2012)
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