«Equipa de missão tem 90 dias para propor formas de rentabilização das vertentes civil e comercial desta infra-estrutura, adequadas à realidade do mercado, para as quais exista uma concreta manifestação de interesse por parte de companhias aéreas e outros agentes económicos. O grupo de trabalho para a utilização civil do aeroporto de Beja, criado hoje por despacho do secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, terá um prazo de 90 dias para dar conhecimento à tutela das principais determinações e recomendações saídas dos trabalhos que levará a cabo.
De acordo com o diploma hoje publicado em Diário da República, o grupo terá como missão revisitar os pressupostos de procura que estiveram na base do investimento nesta infra-estrutura e propor formas de rentabilização das vertentes civil e comercial, adequadas à realidade do mercado, para as quais exista uma concreta manifestação de interesse por parte de companhias aéreas e outros agentes económicos e exista viabilidade, do ponto de vista técnico, económico e financeiro, para equilibrar os custos de operação e manutenção deste equipamento.
A equipa de missão é coordenada por João Paulo Assunção Ramôa, indicando a Força Aérea Portuguesa, a ANA Aeroportos, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo, a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral e o NERBE/AEBAL — Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral um elemento cada.
Os elementos a indicar por cada uma destas entidades deverão ser designados no prazo de cinco dias úteis.
De acordo com o despacho de Sérgio Monteiro, o grupo de trabalho agora nomeado pode chamar à colaboração as entidade que entenda por convenientes, tendo presentes as áreas de trabalho abrangidas no âmbito da sua missão, sendo que a participação dos membros nesta estrutura não confere direito a qualquer retribuição.
No diploma, o secretário de Estado sublinha que “tendo em conta que foi realizado um avultado investimento na infra-estrutura aeroportuária de Beja, dotando-a de capacidade para acomodar tráfego civil para além do uso militar que lhe vinha sendo dado e acrescendo que as expectativas de procura que suportaram as decisões relativas a este projecto não se concretizaram, não existindo actualmente uma utilização que explore todo o potencial desta infra-estrutura, permanece disponível uma capacidade aeroportuária que importa ver rentabilizada por forma a, por um lado, gerar receitas que compensem os custos inerentes ao seu funcionamento e, por outro, alavancar a economia e o tecido empresarial regional e nacional”.
A Força Aérea aconselha prudência na abertura da base de Monte Real à aviação civil e pede que seja estudado o exemplo do aeroporto de Beja antes de serem tomadas decisões. ...