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Portugal – Regulador europeu investiga extensão da vida útil de quatro Airbus A340-300 da TAP

«O regulador europeu do setor da aviação está a investigar a extensão da vida útil de quatro aviões A340-300 da companhia aérea portuguesa TAP, autorizada pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), em julho de 2016.
A TAP solicitou à ANAC a isenção da obrigatoriedade de modificações de componentes, com vista à continuação da operação dos aviões até aos 31.000 ciclos de voo e 156.000 horas de voo, que atingiriam “a breve trecho” as 100.000 horas de voo, valor que corresponde ao limite da vida útil.
As “solicitadas isenções” foram autorizadas a 13 de julho de 2016, um dia depois de o pedido ter sido dirigido ao presidente da ANAC, Luís Ribeiro.
Questionada pela Lusa, a Agência Europeia para a Segurança na Aviação (EASA) disse que não recebeu quaisquer documentos ou informação da ANAC sobre esta autorização”, acrescentando que iria contactar o regulador nacional “de modo a proceder a uma investigação mais aprofundada sobre o assunto”.
A EASA esclarece que os estados membros podem atribuir estas isenções “no caso de circunstâncias operacionais imprevistas e urgentes, ou necessidades operacionais de duração limitada”, desde que o nível de segurança não seja afetado.
Ainda assim, “no caso de estas isenções se tornarem repetidas ou serem garantidas por períodos acima de dois meses, a ANAC deve notificar a EASA, a Comissão [Europeia] e os outros estados membros dessas mesmas isenções”, explicou à Lusa o regulador europeu da aviação.
Contudo, segundo a ANAC, a legislação em vigor no que às isenções diz respeito não estabelece qualquer prazo de informação/envio das mesmas à EASA.
“A regulamentação que permite aos estados membros concederem isenções aos requisitos e às regras de execução emanadas quer do Parlamento Europeu e do Conselho quer da Comissão Europeia não estabelece qualquer prazo para a comunicação das isenções concedidas”, entende a ANAC.
O regulador nacional da aviação garante que “em momento algum a segurança destas aeronaves esteve em causa”, opinião corroborada pela companhia aérea portuguesa.
“Não há qualquer risco porque sempre foram mantidos e observados os requisitos de manutenção da aeronavegabilidade continuada. A TAP não faz qualquer concessão em matéria de segurança, cumpre rigorosamente todas as normas e padrões de segurança e atua em conformidade com as determinações legais e do fabricante”, assegura a TAP.
O regulador nacional disse à Lusa que, antes do envio da comunicação e de a TAP formalizar os pedidos de isenção, reuniu com os seus responsáveis e discutiu os aspetos técnicos da operação, já na posse dos pareceres favoráveis emitidos pelo fabricante, para que os aviões operassem fora de alguns limites estabelecidos.
A EASA diz que “avaliará se as isenções são menos restritivas que as disposições comunitárias e, no espaço de um mês após a notificação, emitirá uma recomendação de acordo com a regulamentação, sobre se estas isenções cumprem com os objetivos gerais de segurança da regulamentação básica e suas regras de implementação, ou qualquer outra regulamentação prevista na legislação comunitária”, indica o regulador europeu da aviação.
Os quatro aviões A340-300 operam em ligações de longo curso da TAP, com rotas em África e no Brasil. Estes aviões atingiram as 100.000 horas de voo entre 29 de julho e 26 de setembro de 2016. A 05 de janeiro já tinham voado entre 101.218 e 101.786 horas de voo

artigo publicado na página de internet “Noticias ao Minuto
(25 Janeiro 2017)

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