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Brasil – Privatização de novos aeroportos dependem de modernização da Infraero

O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, disse nesta segunda-feira que para ocorrerem novas concessões de aeroportos no país é preciso que haja a modernização e qualificação da Infraero. De acordo com ele, que participou de evento no GRU Airport, em Guarulhos, o governo não concedeu terminais à iniciativa privada neste ano por conta da atual situação da empresa estatal.
Precisamos ter uma alternativa à Infraero. É preciso ter algo competente porque agora há competição na operação dos aeroportos”, afirmou.
Moreira Franco disse que o cronograma da SAC prevê sair de 100 para 270 aeroportos com condições de operações, o que inclui os regionais. De acordo com o ministro, como muitos desses terminais, sobretudo os da região amazônica, não devem atrair a atenção da iniciativa privada, a Infraero “precisa estar capacitada, qualificada e modernizada”. Perguntado sobre quais seriam os próximos aeroportos a entrarem no processo de privatização, ele disse que ainda haverá “discussões” para a definição.
“O que importa é que o princípio (de concessão) está fixado”, resumiu.
O evento promovido pelo GRU Airport serviu para apresentar à imprensa um novo cronograma para reformas nos terminais 1 e 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Pesquisas da Secretaria de Aviação Civil constataram a insatisfação dos passageiros nos dois terminais (que têm mais de 30 anos).
A concessionária que administra o aeroporto reorganizou o cronograma das reformas os principais pontos das obras de retrofit, que devem começar em outubro. Os investimentos serão de R$ 200 milhões e já estavam incluídos em financiamento obtido com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no momento da privatização.
De acordo com Antonio Miguel Marques, presidente do GRU Airport, o objetivo das obras, e da revisão do cronograma, é dar mais conforto aos passageiros. Entre as mudanças estão a transformação do Terminal 1 em exclusivo para voos domésticos; ampliação e centralização dos raio-x; aumento dos atendimentos de imigração; além do aumento em quase 20% das áreas onde os passageiros circulam.
“Onde está o milagre? Nós vamos retirar os escritórios administrativos dos terminais e transformaremos as áreas em operacionais”, explicou Marques.
Isso possibilitará o aumento dos corredores onde ficam os check-ins de três para sete metros. Já nas áreas de embarque os corredores saltarão de 1,5 metro para 5 metros. A reforma deve ser concluída em cerca de dois anos, segundo estimou o executivo.
Moreira Franco reconheceu que fazer a reforma enquanto os terminais funcionam é muito “mais complexo do que iniciar uma obra do zero”, como foi o Terminal 3. Mas frisou que os passageiros dos voos domésticos vinham reclamando da qualidade do serviço.
“Como a maioria massiva dos brasileiros usa o terminal doméstico e não o internacional, é de extrema importância que essa obra ocorra de forma eficiente e rápida”,disse

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