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Espanha – a AENA, operadora aeroportuária, vai ser privatizada

«O Governo espanhol aprovou a privatização de 49% do operador aeroportuário AENA, abaixo dos 60% inicialmente previstos, com 21% destinados a acionistas de referência e os restantes a negociação em bolsa.
Ana Pastor, ministra do Fomento, explicou aos jornalistas depois da reunião do Conselho de Ministros que a AENA, que se estima seja avaliada em 5.000 milhões de euros, poderá estrear-se em bolsa em novembro.
Com a redução da privatização prevista, deixando o controlo nas mãos do Estado, o Ministério do Fomento conseguiu, assim, ultrapassar algumas críticas dentro do próprio executivo.
Ao manter-se abaixo dos 50%, o Governo evita também ter de reformar a atual lei de constituição da Aena Aeroportos, aprovada pelo anterior Governo.
Segundo Ana Pastor, a operação, que vai ser iniciada formalmente em breve, terá duas fases, com 21% a serem colocados junto de acionistas de referência, incluindo ‘family office’, fundos soberanos e entidades estrangeiras.
O calendário de privatização começa com a publicação em julho do novo quadro regulador do setor aéreo, depois, até setembro, a seleção dos investidores de referência e, finalmente, em outubro, a distribuição do folheto de Operação Pública de Venda (OPV) à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV).
Pouco depois de tomar posse, em janeiro de 2012, o Governo espanhol cancelou o processo de privatização da AENA, que tinha sido iniciado pelo anterior executivo, considerando que, na ocasião, os ativos da AENA estavam muito subvalorizados.
Inicialmente, o objetivo era avançar para a privatização de 90,5% dos aeroportos das duas maiores cidades espanholas, em Madrid e Barcelona, com o PP, na oposição quando a iniciativa foi aprovada, a criticar os planos que esperam receitas de 5,3 mil milhões de euros.
Na corrida à compra dos dois ativos estiveram os consórcios da GMR Infraestruturas (Indiano), o aeroporto de Changi, de Singapura, os espanhóis da Ferrovial, os Aeroportos de Paris e os alemães da Fraport, entre outros.
O anterior governo espanhol previa também vender 49% da AENA, o operador dos aeroportos espanhóis, mas nunca iniciou o processo.»

artigo publicado na revista “Cargo Edições”
(15 Junho 2014)

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