O Grupo LATAM informa que será necessário adiar o anúncio sobre qual capital sediará o primeiro hub (centro de conexões/transferências de voos) doméstico e internacional do Nordeste do Brasil, previsto inicialmente para o fim deste ano. Essa decisão se deve ao prazo de desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária.
A infraestrutura aeroportuária é um dos três fatores de decisão estabelecidos pelo Grupo LATAM, que incluem paralelamente a experiência do cliente e a competitividade em custos, ambos, neste momento, igualmente em análise.
Os aeroportos das três capitais envolvidas no processo (Fortaleza, Natal e Recife) estão discutindo adaptações técnicas para sediar o hub. O encaminhamento dessas discussões dependerá de um conjunto de avaliações, que envolverá várias esferas governamentais e concessionários, para o aprofundamento dos requisitos que foram apresentados nos estudos técnicos realizados pelas consultorias Arup e Oxford Economics para a implementação de um hub no Nordeste.
“Assegurar a eficiência da infraestrutura aeroportuária, atrelada à experiência do cliente e à competitividade em custos é essencial para o projeto. Esses critérios precisam estar muito bem definidos e neste momento o cenário não oferece ainda as condições necessárias para esta tomada de decisão. Continuaremos a avaliar todos os requisitos essenciais da infraestrutura aeroportuária e da competitividade de custos”, comenta Claudia Sender, presidente da TAM S/A.
“Seguimos confiantes no desenvolvimento do projeto, que trará grandes benefícios para o país e toda a região Nordeste”, finaliza.
O Grupo LATAM assegura que continuará avaliando todas as condições para a definição da capital que será a sede do hub Nordeste. Esta decisão poderá ocorrer ainda no primeiro semestre de 2016. A iniciativa do hub permanece no plano de investimentos do Grupo.
Estudos externos concluídos
Em outubro, a consultoria Arup apresentou as principais conclusões do estudo de infraestrutura aeroportuária. Uma das conclusões iniciais do estudo da Arup indica que os terminais atuais foram concebidos para operações ponto a ponto, sem características de um hub e, portanto, precisariam de adaptações para receber um centro de conexões/transferência de voos com as características de um hub com relevância internacional.
De acordo com os dados do estudo, foi estimado que o hub movimente 2 milhões de passageiros adicionais em 24 aeronaves simultaneamente em 2018 (entre 2.500 – 3.000 passageiros na hora-pico). Em 2038, o número de passageiros deverá chegar a 3,2 milhões, em 36 aeronaves simultaneamente (mais de 4.000 passageiros na hora-pico).
No entanto, é necessário desenvolver soluções de backup, como pistas auxiliares, para que a operação do hub não seja comprometida por eventuais impedimentos ocasionais da pista principal. Tais impedimentos dificultam a operação de qualquer aeroporto, mas, no caso de um hub, podem ter efeitos em cadeia em toda a malha da companhia aérea.
Com as adaptações e os investimentos recomendados pelo estudo, a Arup acredita que os três aeroportos poderiam acomodar os voos e os passageiros estimados, com bom nível de serviço e eficiência, prazo de execução razoável e potencial de expansão de longo prazo.
Além dos parâmetros operacionais típicos de um terminal, como nível de serviço, tempos de processamento por subsistema do aeroporto (como aparelhos de raios-x, esteiras/tapetes transportadores de bagagens e outros), tempos mínimos de conexão/ligação, área de embarque suficiente para volume de passageiros em hora-pico, entre outros, foram utilizados os seguintes requisitos de planeamento para o dimensionamento do hub:
1) Banco de conexão/rotações: Simultaneidade de múltiplas chegadas seguidas de múltiplas partidas que permitam a conectividade entre destinos, em um período de aproximadamente 6 horas;
2) Capacidade de pátio/placa de estacionamento: Máximo de 36 Aeronaves de diferentes portes (Narrow-Body e Wide-Body) estacionadas simultaneamente e com a grande maioria conectada em pontes de embarque;
3) Processamento de Passageiros: Hub com alto percentual de passageiros em conexões na hora-pico (até 80% do volume estimado de passageiros nesse horário de concentração).
adaptação do texto publicado na página de internet “Portal no Ar”
(6 Novembro 2015)
A TAM contratou a empresa inglesa Oxford Economics e a canadiana Arup para mapear os pontos positivos e negativos dos aeroportos de Fortaleza, Recife e Natal, que disputam hub ...